Prédios modernos, rotinas idem. Ao mesmo tempo em que a economia do País mostra sinais de melhora, os edifícios do Porto Maravilha, não por coincidência, começam a ser ocupados por várias empresas que cultivam práticas coorporativas tendência em escritórios pelo mundo. Trabalhar em casa uma vez na semana (ou home office) eescritório aberto (ou open office) são algumas.
Os termos em inglês são exemplos de práticas adotadas nos novos edifícios Triple A – outro nome estrangeiro que classifica prédios de alto padrão – do Porto Maravilha. Uma breve definição destes termos seria: no home office, o funcionário trabalha remotamente e chega a participar de reuniões via internet com transmissões de vídeo; open office é uma tendência de arquitetura de escritórios onde não há divisórias entre os setores das empresas e, quando há, são transparentes; já Triple A é a classificação imobiliária que define novos edifícios que têm o que há de mais moderno, tecnológico e sustentável em sua construção, além de privilegiar andares com ambientes abertos, sem paredes ou divisórias.
Até o fim de dezembro deste ano, 11 novas empresas anunciaram a vinda para o Porto Maravilha, como a Bradesco Seguros, grandes escritórios de advocacia como o Tauil & Chequer e o Licks Advogados e o banco chinês Bocom BBM. Outras já se mudaram com seus funcionários e logo redefiniram suas rotinas de trabalho. É o caso, por exemplo, da agência de classificação de risco Fitch Ratings, a agência de turismo AlaTur e a Casa Granado. As três, aliás, com seus setores fisicamente integrados, no modelo de andar todo aberto, sem divisórias.
A japonesa Nissan chegou ao Edifício Nova neste semestre. A sede brasileira adota o home office uma vez na semana, seguindo o exemplo da filial de Paris que já tem escala para trabalho em casa três vezes por semana. Na L’Oréal, além do escritório sem divisórias e o “dia de trabalho em casa”, os funcionários não têm lugar marcado. É o sistema apelidado de flex work. Colaboradores podem se sentar em qualquer mesa como estímulo à integração entre os setores. “É mais uma ferramenta de transformação cultural que implementamos para empoderar os funcionários. Assim incentivamos o elo de confiança entre os times e colocamos em prática o conjunto de valores que queremos implementar na L’Oréal Brasil: reforçar o pilar do protagonismo e da cooperação”, explica Fábio Rosé, diretor de Recursos Humanos da L’Oréal Brasil.
As recém-chegadas Fábrica de Startups e Clube do Empreendedor trazem inovação na própria atividade que desenvolvem. As aceleradoras funcionam como um local para uso de pequenas empresas “nômades”, que não têm escritório fixo e usam o espaço para adquirir conhecimento, fazer reuniões e aliar serviços com outros locatários. A portuguesa Fábrica de Startups movimenta mais de 500 empreendedores na região, e o Clube Empreendedor tem mais de 14 mil associados.
Texto e fotos: Bruno Bartholini