POR: Luciana Tavares
Na última sexta-feira (31), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, implementou uma nova política que passa a exigir links de perfis das redes sociais dos requerentes de visto para entrar no país norte-americano. Além disso, endereços de e-mails e números de telefones usados nos últimos cinco anos também farão parte das informações necessárias para dar entrada no processo de solicitação do visto.
Levando em consideração a quantidade de requerimentos do ano passado, as autoridades estimam que a nova proposta afetaria cerca de 14,7 milhões de pessoas anualmente. A exigência dos links e/ou nome de usuário afeta pessoas que viajam aos Estados Unidos com fins de turismo, trabalho ou estudo, porém vistos diplomáticos e oficiais estão isentos da medida.
Um novo campo para indicar o endereço das redes sociais usadas já aparece no Formulário de Solicitação de Visto Online para Não-Imigrantes, o DS-160. Por enquanto, o menu suspenso inclui apenas os principais sites de mídia social, mas em breve será possível listar todos os sites utilizados.
Falando ao The Hill, um funcionário do Departamento de Estado dos Estados Unidos ressaltou que os candidatos têm a opção de dizer que não usam redes sociais, mas quem mentir poderá enfrentar “consequências sérias com a imigração”.
“Como vimos no mundo todo nos últimos anos, as redes sociais podem ser um grande fórum para sentimentos e atividade terrorista. Esta será uma ferramenta vital para impedir terroristas, ameaças à segurança pública e outras pessoas perigosas de conseguir benefícios de imigração e colocar os pés em solo dos EUA”, completou o representante do governo.
Apesar de ter sido colocada em prática apenas agora, o Departamento de Estado norte-americano já havia manifestado sua intenção de implementar esta política em março de 2018. Na época, a União Americana pelas Liberdades Civis disse que “não há evidências de que o monitoramento da mídia social seja eficaz ou justo”, alegando ainda que isso faria com que as pessoas se autocensurassem na internet.
Fonte: The Hill