POR: NB Press Comunicação
A estagflação – situação simultânea de estagnação econômica ou até mesmo recessão e altas taxas de inflação – chega para dificultar ainda mais a vida dos empresários e das empresas. Investir no Brasil não é para amadores, e todos nós já sabemos. Entretanto, os fatores econômicos mundiais só contribuem para deixar o ambiente de negócios ainda mais complexo e desafiador.
Em um ambiente pressionado pelos aumentos de preços das cadeias de suprimentos globais, muitas empresas têm visto suas margens serem espremidas, principalmente pela impossibilidade de repassarem todos os aumentos de preços sofridos pelos fornecedores para os seus clientes. Além disso, temos a alta da taxa de juros no mundo todo, tornando o capital mais caro e escasso.
Em meio ao caos, evidencia-se a necessidade de as empresas buscarem o aumento da eficiência, profissionalização da gestão e melhoria da produtividade para sobreviverem e prosperarem no cenário adverso. O empresário precisa se reinventar a cada dia. Não tem como manter o status quo esperando os mesmos ganhos que eram possíveis no passado.
Não temos como gerir a empresa da mesma forma e esperar os resultados de um momento completamente diferente do atual. Não existe a opção de não mudar e não crescer. Muitas vezes, a produtividade exige escala, que demanda, inevitavelmente, crescimento. Esse crescimento aumenta a dificuldade do negócio, que requer uma transformação na forma de gestão da empresa. O quanto antes aceitarmos isso, melhor.
A resistência à mudança é algo que precisa ser mais bem trabalhado. Empresas multinacionais sofrem para mudar por conta de seus processos, sistemas e sua própria burocracia. Companhias médias deveriam se destacar por serem menores, mais ágeis e flexíveis. Entretanto, nem sempre isso é verdade. Muitas vezes, caímos no erro de que o tamanho atual é suficiente, que a empresa está saudável e rentável e não precisa mudar. É nesse momento que uma silenciosa decadência pode estar ocorrendo.
Em todos os setores, teremos sempre alguma empresa se aprimorando, e a competição do mercado fará com que outras deixem de existir ou percam posição, inclusive ameaçando sua existência.
Quando falamos em transformação da gestão, não é algo de outro planeta. Trata-se de utilizar ferramentas e metodologias para melhor gerir o negócio, planejar e executar um plano estratégico estruturado. Elevar o nível de exigência, utilizar benchmarks de mercado e propor modelos de remunerações variáveis contribuem para as pessoas saírem de suas zonas de conforto.
Porém, a existência de inúmeras áreas de conhecimento faz com que o desafio seja ainda maior. Ninguém é capaz de saber profundamente todos os assuntos e particularidades de uma organização. Com o crescimento, o desafio aumenta exponencialmente, e o empresário pode sentir-se perdido ou desestimulado a crescer, aumentando a sedução do dito status quo.
Em suma, não podemos nos apegar ao passado e esquecer de construir o nosso próprio futuro, com as condições e perspectivas reais que temos hoje, independentemente de serem o que gostaríamos ou não.
* Caio Navarro é graduado em administração de empresas pela FACAMP e possui pós-graduação em finanças corporativas pela FIA. É diretor da Hand, empresa de Campinas (SP), que atua na gestão de empresas e fusões e aquisições – hand@nbpress.com
Sobre a Hand
A Hand é uma assessoria independente e especializada na venda, compra e gestão de empresas. A companhia acredita no poder transformador das pessoas, aliado à tecnologia e transparência. Dessa maneira, utiliza de metodologias próprias para solucionar problemas complexos e gerar valor para as empresas. Para mais informações, acesse: https://www.handgc.com.br .