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Finanças

Fintechs e risco sacado: como aprimorar a experiência no consumo de produtos e serviços financeiros

3 Mins read

POR Leonardo Costanza

De acordo com pesquisa da Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs) e a auditoria PwC Brasil, produzida em 2020 com base nas respostas de representantes de 148 fintechs, de diferentes portes e setores, desde 2019, as fintechs vêm ampliando os serviços oferecidos e trabalhando com diferentes públicos.

Além disso, a atuação tornou-se mais diversa, uma vez que o estudo revelou que o segmento de créditos, financiamentos e negociação de dívidas é o que mais atrai fintechs (21%), seguido por meios de pagamento (16%), gestão financeira (9%), bancos digitais (9%) e tecnologias como Open Banking e Banking as a Service (7%). Neste contexto, as fintechs , ao oferecerem acesso ao risco sacado, garantem uma melhor experiência no consumo de produtos e serviços financeiros.

O risco sacado, também conhecido como projeto âncora, é um produto financeiro que permite obter capital de giro sem consumir a linha de crédito com o banco. Com ele, a empresa âncora não precisa arcar com endividamentos e ainda se torna viável a criação de estratégias para alongar o prazo de pagamento com os seus fornecedores.

Não há dúvidas quanto à relevância do risco sacado para o mercado, considerando que a obtenção de crédito costuma ser um grande entrave, independentemente do setor ou do momento econômico das empresas. Sendo assim, percebe-se como desafio do gestor a busca por formas mais eficientes para captação de recursos financeiros.

Na prática, a companhia compradora, denominada “empresa âncora”, monta uma operação de antecipação de pagamento aos seus fornecedores, “emprestando” a sua reputação e suas taxas mais competitivas para fomentar negócios, sem consumir a sua linha de crédito com o banco. Assim, o recurso do projeto âncora só é utilizado para que os fornecedores antecipem seus recebimentos, operando como capital de giro para a empresa âncora.

Mas, qual é a importância das fintechs nesse sentido?

A obtenção de crédito no Brasil ainda é um processo lento e burocrático, tanto para bancos, quanto para fintechs. Por isso, é necessário transformar a atual maneira de análise de crédito, que é realizada por meio do kit banco (formado por contrato social, procuradores, dados da empresa, e principalmente, dados de balanço).

Para dar celeridade a este processo, tornou-se fundamental o uso, em tempo real, de dados disponíveis nos ERP s . Assim, uma das grandes vantagens das fintechs está neste ágil levantamento de informações via ERP, garantindo acesso a dados que são extremamente relevantes para o sucesso de uma operação. No entanto, esbarramos em um grande desafio, uma vez que a indústria financeira ainda não consegue validar essas informações em tempo real.

Podemos perceber muitas empresas já olhando para os dados do ERP, e a partir dessas informações, concedendo o crédito e entendendo a saúde financeira de maneira mais automatizada. O objetivo é que em um futuro próximo, seja possível utilizar dados diferentes para a análise de crédito, viabilizando uma qualidade de crédito mais assertiva, além de garantir maior agilidade no processo. Desta forma, a extração dos dados do ERP de maneira estruturada, segura e organizada se transforma em um repositório inteligente que passa a ser consumido por várias fintechs e produtos financeiros.

Tecnologias já utilizadas pelas fintechs

Dentre as tecnologias que já existem nas fintechs, podemos destacar as iPaaS, plataformas que controlam as conexões, e as APIs, que promovem a troca de informação de maneira rápida e segura. Além disso, algumas fintechs já contam com modelos de análise de racking, de crédito e de saúde financeira da empresa, que estão sendo construídos com base em inteligência artificial. É este o modelo que está sendo construído para se tornar um padrão no mercado.

As fintechs vieram para aproveitar esse momento de mudança e entregar uma nova experiência ao usuário. Elas crescem a todo o momento em toda a cadeia bancária para sanar uma dor do mercado que pode ser atendida de maneira mais inteligente por meio da tecnologia. Aplicando essas inovações, será possível oferecer uma experiência personalizada, que inclui desde a usabilidade até as questões de análise de grande volume de dados, aumentando a satisfação do cliente e, consequentemente, alavancando os negócios.
Leonardo Costanza é Diretor de Inovação e Novos Negócios da Sky. One e responsável pelo Sky.Simple, plataforma que conecta seu software de gestão (ERP) com serviços financeiros, simplificando seu acesso.
Crédito: divulgação
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