POR: Tuddo Comunicação
Muito se tem falado sobre como as pessoas estão se comportando nesse período de pandemia. A rotina de muitas famílias foi alterada, mas como está a rotina de quem está esperando um filho?
Em qualquer tempo, se considera o momento da gravidez, parto e puerpério como etapas muito especiais e de maior sensibilidade emocional para as mulheres. Essa condição muda com as fases da gravidez.
É natural que as ansiedades ligadas à pandemia da Covid-19 agravem os temores normais e tão ancestrais da gravidez. Mas outra situação ligada a pandemia que dificulta a situação da mulher grávida é a própria restrição de contatos sociais, que às vezes dificulta o manejo dos conflitos intrafamiliares, no casamento e com familiares próximos.
“Nesta hora, compete a todos lembrarem que este momento de exceção é provisório, é que cabe a todos compreender a maior sensibilidade de uma mulher que carrega um novo bebê em seu ventre”, afirma Jônia Lacerda, coordenadora do curso de psicologia da FAM.
Se a gestante possuir vulnerabilidade anteriores em Saúde Mental, por exemplo, quadros prévios de ansiedade e depressão, a situação de amparo e a assistência deve incluir também os profissionais da área médica e psicológica, de preferência os que já conhecem suas forças e fraquezas, assim como as estratégias às quais ela melhor responde.
“É importante a grávida sentir-se bem amparada pelo marido, por seus pais e familiares, assim como ter confiança na equipe de saúde que a assiste desde o pré-natal. Se espera também que ela continue a ter prazer nas atividades de lazer que exerce normalmente”, conclui a psicóloga.
O importante, não só para as grávidas mas para todos, diminuir o excesso de informações, que não ajuda, só assusta. Se consideramos que é normal na gravidez esSe medo de que algo possa dar errado nesse período, com a grávida ou com o bebê, deve se evitar ainda mais o clima alarmista.
A gravidez chegará bem a seu termo? O bebê está saudável? Serei bem amparada, evitando intercorrências no parto? Saberei cuidar bem do bebê?
Para Jônia Lacerda, se houver confiança na família, na equipe de saúde, se a gestante contar com uma rede social com quem possa conversar, tendo prazer em falar de seus planos, temores e expectativas com este novo bebê, a grávida saberá esperar de forma saudável o nascimento de seu bebê. Afinal, um bebê sempre representa novas esperanças, algo tão bom nestes tempos difíceis da pandemia sanitária.