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Finanças

Imposto de Renda: vale a pena antecipar a restituição?

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Para educadora financeira, operação só é vantajosa se consumidor tiver clareza sobre a utilização do dinheiro; usar o dinheiro para quitar uma dívida com taxa de juros mais alta pode ser boa opção

POR: Agência Hyperlink 

Com cada vez mais brasileiros endividados, buscar alternativas para colocar as contas em dia tem se tornado uma prática cada vez mais comum, principalmente, após a crise sanitária provocada pela COVID-19. Para tentar colocar algumas contas em dia, é possível antecipar a restituição do Imposto de Renda e alguns bancos oferecem linhas de crédito em que o valor do empréstimo é próximo àquele que será recebido da Receita Federal.

Embora pareça um atrativo para que as pessoas coloquem algumas dívidas em ordem, será que, de fato, antecipar a restituição é uma boa opção diante da alta da inflação? Para a educadora financeira Janaina Ornelas, a operação de crédito pode ser uma vantagem apenas para quem tem clareza sobre o que destino que o dinheiro será utilizado.

“Por ser um empréstimo com juros mais baixos, é possível, por exemplo, utilizar esse dinheiro para quitar uma dívida com cartão de crédito. A melhor forma de definir o destino daquele empréstimo é fazendo um planejamento financeiro, pois, assim, será possível traçar a melhor estratégia para usar a antecipação do Imposto de Renda. Mas, fica um alerta para o consumidor: a antecipação só vale a pena para quem tem clareza do objetivo sobre a utilização do dinheiro. Do contrário, melhor buscar outras opções como, por exemplo, uma fonte de renda extra”, destaca a especialista.

Na prática, a antecipação do imposto de renda nada mais é do que um empréstimo em que a instituição financeira antecipa um valor que sabe que o correntista receberá no futuro e por ter garantia, a taxa de juros cobrada é mais baixa. Mesmo essa modalidade disponível, vale ficar atento às taxas de juros e condições financeiras ainda que menores.

“Em geral, a taxa de juros de cartão de crédito ou cheque especial ultrapassam os 10% ao mês. Por isso, vale muito a pena fazer uma avaliação prévia para saber se a antecipação é realmente essencial para o consumidor. As pessoas precisam entender o atual momento financeiro que estão vivendo e, diante disso, fazer um bom planejamento financeiro e, em seguida, estar pronto para assumir essa dívida”, ressalta Janaina Ornelas.

De acordo com a Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgada em março deste ano, o percentual de famílias com dívidas ou contas em atraso apresentou o maior patamar desde março de 2010.

Os dados revelaram que a inadimplência apresentou, em fevereiro deste ano, aumento de 0,6 ponto percentual em relação a janeiro e de 2,5 ponto percentual na comparação com fevereiro de 2021. Já a parcela que declarou não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e, portanto, permanecerá inadimplente, também acirrou na passagem mensal com aumento de 0,4 ponto percentual, fazendo com que a proporção chegasse a 10,5%, mesmo percentual de fevereiro do ano passado.

“O consumidor quer pagar a dívida e é de interesse da instituição financeira receber o dinheiro de Por isso, é preciso entrar em contato com a instituição e fazer uma renegociação. Mas, é preciso ficar atento às taxas e fazer uma simulação para ver se aquela proposta cabe no orçamento da família. Mesmo com a inflação em alta, uma dívida renegociada não deve ter uma taxa de juros acima de 2,5% ao mês”, orienta Janaina Ornelas.

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