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Indústria de roupas busca a automação para aumento produtivo e redução de custos

2 Mins read

Segmento têxtil busca driblar dificuldades inerentes da produção por meio da tecnologia 

*Por José Bento Meirelles

  A chegada da Indústria 4.0 trouxe a diversos setores produtivos do mundo diferentes possibilidades e também desafios. Se, por um lado, a Quarta Revolução Industrial apresentou às indústrias tecnologias extremamente avançadas e a automação de diferentes tarefas com foco no aumento da produção e eficiência dos processos produtivos, por outro, esbarrou nas especificidades de alguns setores. Um desses segmentos é a produção têxtil, em que a confecção de milhões de peças de roupas ainda demanda considerável mão de obra humana.

A indústria das roupas ainda não foi majoritariamente automatizada justamente porque a costura, elemento básico da produção, é um desafio para a automação. Diferentemente de uma peça de carro, em que seu formato não deforma durante o manuseio de um robô que está montando o automóvel, uma camiseta não é rígida o suficiente para facilitar o serviço de uma máquina, por exemplo. Em outras palavras, a flexibilidade de um tecido dificulta — ou até impossibilita — que um robô consiga manusear a peça e costurá-la. Há ambiciosos projetos no mundo com foco na eliminação desse problema, evidentemente; entretanto, a barreira ainda não foi satisfatoriamente superada.

O trabalho atualmente desenvolvido pelas empresas para que o problema seja eliminado tem como motivadores as vantagens produtivas que a automação traz para a indústria têxtil. De início, a implementação de robôs na produção resulta na redução de custos, especialmente porque desperdícios são diminuídos e falhas cometidas por funcionários podem ser amplamente reduzidas. A capacidade de máquinas trabalharem com estamparia digital, cortes a lazer e nanotecnologia, por exemplo, são grandes destaques para a eficiência produtiva, outra vantagem. O ganho produtivo pode ser alcançado por meio da velocidade de confecção que a automação permite, além da manutenção de um padrão de qualidade, possível por meio de uma máquina inteligente.

A automação na indústria de roupas também possibilita melhor gestão dos recursos produtivos e, portanto, pode contribuir diretamente para o meio ambiente. A tecnologia viabiliza que produtos não ecológicos sejam substituídos, por exemplo, sem que a celeridade e eficiência da confecção sejam afetadas. O esforço por uma produção mais sustentável é uma realidade nas sociedades contemporâneas, afinal, 87% das pessoas dizem que a atuação das marcas em relação ao tema ESG (sigla em inglês para Meio Ambiente, Governança e Social) é bem relevante. O número é de uma pesquisa recente conduzida via parceria entre o Google, MindMiners e Sistema B.

O grau de desenvolvimento que a automação pode oferecer em toda a cadeia produtiva da indústria de roupas é notável, em frentes que vão desde a redução de custos até a uma confecção mais sustentável. De acordo com números da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), as exportações do segmento no acumulado de janeiro a agosto deste ano cresceram 20,86% em relação ao mesmo período de 2021, aumento que passou de US$ 665 milhões para US$ 804 milhões. Um setor altamente relevante para a economia e para a sociedade como o segmento têxtil ainda tem muito a ganhar com o desenvolvimento tecnológico, cada vez mais presente nas fábricas e confecções.

*José Bento Meirelles é CEO da Minimal Club, marca de moda masculina.

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