Companhia, que investe na criação da maior floresta de mogno africano do mundo, desenvolveu tecnologia que permite identificar doenças nas árvores por meio de redes neurais artificiais
A Mahogany Roraima – que investe na criação da maior floresta de mogno africano do mundo – desenvolveu um sistema de Inteligência Artificial que permite a identificação de doenças nas árvores. Equipados com a tecnologia, drones sobrevoam a plantação e, por meio de redes neurais artificiais, fazem o diagnóstico da saúde das árvores. CEO da companhia, Marcello Guimarães explica que o sistema foi desenvolvido internamente pela equipe de pesquisadores da Mahogany Roraima.
“Estamos realizando os últimos testes para implementação da Inteligência Artificial no plantio do mogno. Além de avaliar a saúde das árvores, os drones também reúnem informações sobre o desenvolvimento das mudas”, afirma.
Além da utilização das redes neurais artificiais, a Mahogany Roraima desenvolveu um modelo de germinação de mogno africano que possibilita que as mudas estejam prontas para o plantio em apenas três meses – metade da média da mesma espécie no país. Com essa técnica, a perda de muda também é menor do que outras plantações, não chegando a 0,00001%.
O plantio das árvores é outro processo que foi melhorado graças a intervenções da equipe interna da Mahogany Roraima, que adaptou rodas de plantio originalmente desenvolvidas para a cultura de café. “O novo sistema é três vezes mais eficiente que o modelo atual. Com a adaptação da roda de plantio, o trator passou a plantar 25 hectares por dia, com apenas cinco pessoas operando a máquina”, diz Guimarães, que investe ainda na criação de uma agrofloresta.
– Estamos aproveitando o espaço entre as mudas de mogno para o desenvolvimento de uma agrofloresta que deve ajudar no combate à fome na região. Até o momento já foram plantados 9 hectares de frutas, verduras e legumes, como feijão, abóbora e mamão, entre outros. O projeto contará com a parceria de igrejas locais, que serão responsáveis pela distribuição dos alimentos – revela o CEO da Mahogany Roraima.
Sobre a Mahogany Roraima
A Mahogany Roraima surgiu com a meta de criar, no Brasil, a maior floresta de Mogno Africano do mundo. Sediada em Boa Vista (RO), a companhia brasileira planeja plantar, em 10 anos, uma área de 24 mil hectares, o que corresponde a 19 milhões de árvores.
A previsão de investimentos é de R$ 487 milhões ao longo de 21 anos. Este valor será aplicado na compra de terras e no plantio e manutenção da floresta. A estimativa é que 5,9 milhões de metros cúbicos poderão ser cortados entre os próximos 36 a 96 anos, dependendo da quantidade comercializada por ano. Apenas para efeito de comparação, o Brasil vendia uma média anual de 175 mil metros cúbicos de Mogno Brasileiro até a proibição da sua extração, em 2001, a fim de evitar a extinção da espécie. A empresa prevê um retorno de R$ 11 bilhões em 36 anos.
Neste momento, a empresa negocia parcerias com investidores estrangeiros e emitiu debêntures para captar recursos para executar o plano de investimentos. O lançamento inicial dos papeis foi de R$ 1.4 milhão, podendo atingir R$ 32,5 milhões nos próximos anos.
A Mahogany Roraima desenvolveu extensa pesquisa sobre aplicação de técnicas de preparação do solo, mecanização e controle de praga adaptados para plantações de mogno, o que proporcionou uma excelência em plantio.
Para favorecer a comunidade de Boa Vista, a empresa também planeja implementar um programa de combate à fome em que a Mohagony Roraima se compromete a preparar a terra nas entrelinhas da floresta para plantio de várias culturas. Os moradores serão responsáveis por plantar e colher os produtos que serão usados para alimentação própria. Já o excedente poderá ser vendido pela comunidade para geração de renda.