Segundo especialista do setor, a expectativa é de adesão de pessoas que não se exercitavam antes do coronavírus
POR: Digital Trix
O mercado fitness no Brasil está em plena expansão, o País é o segundo em números de academias de acordo com a IHRSA, associação internacional representante do mercado fitness no mundo. O setor foi um dos menos atingidos pela pandemia, ficando em média 3 meses sem atividades. Em São Paulo, por exemplo, as academias fecharam no final de março e voltaram a funcionar em meados de julho.
A reabertura das academias gerou polêmica. Apesar de estudos feitos pela Universidade de Oslo, confirmarem que não há perigo adicional de contágio pelo Coronavírus aos frequentadores de academia. Em outra pesquisa realizada no Brasil, constatou que 88% dos alunos já se sentem seguros para treinar em ambientes fechados.
Para Fernando Nero, empresário do mercado fitness há mais de 20 anos, há uma explicação para esse sentimento: “Em tempos de crise sanitária, as pessoas procuram cuidar mais da saúde e fortalecer o sistema imunológico, esses cuidados passam pela atividade física. Além disso, as academias se prepararam para esse retorno, disponibilizando álcool em gel, mantendo o distanciamento entre os alunos e professores e exigindo o uso de máscara por todos.”
Apesar do Brasil movimentar mais de 2 bilhões por ano, ainda há muito espaço para crescimento. Estima-se que 47 % da população não pratica o mínimo de atividades físicas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde – 150 minutos por semana.
O ano de 2021 se mostra promissor, mesmo a pandemia ainda sendo uma realidade. “O segmento no Brasil espera a adesão de pessoas que não praticavam atividades físicas antes do novo coronavírus, assim como aconteceu na China.
No país da Ásia Oriental, 35% das matrículas realizadas após a liberação das academias foram efetuadas por pessoas que nunca pensaram em frequentar este tipo de ambiente. Essa atitude é esperada no Brasil, onde apenas 4% da população realiza exercícios físicos em academias”, explica Fernando.
A aposta será em locais com serviços cada vez mais específicos: treinamentos, condicionamento físico, danças e etc – conhecidas como academias boutiques. Porém sem descartar o mercado de academias low cost.
Dentro desse cenário, um novo projeto sai do papel: a Ultra. A nova empreitada do empresário Fernando Nero promete trazer um conceito inédito para o mercado nacional.
O modelo de negócio do Grupo Ultra vai oferecer opções de franquias fitness para todos os tipos de investidores – desde o pequeno empresário até investidores profissionais. Em média, uma academia padrão custará em torno de 3 milhões de reais. Engloba produtos como a academia Ultra, com formato convencional low cost, e as academias boutiques, especializadas em treinamentos específicos – bike, condicionamento físico, balé, entre outros -, que podem ser acopladas dentro da própria academia Ultra, trazendo um grande diferencial para ela. “Esse modelo não existe no Brasil e vai inaugurar uma nova geração de academias para o segmento low cost”, analisa Fernando.
30 academias serão inauguradas nas principais cidades brasileiras nos primeiros meses de 2021. Com destaque para a 1ª unidade que irá estrear dia 15 de janeiro, na Rua Augusta em São Paulo.