Levantamento feito pela consultoria AR Konsili apurou que a cada 10 consultas de clientes que querem empreender no país europeu, oito são mulheres
POR: COMUNICALE
A consultoria de negócios internacionais AR Konsili®, fundada na Alemanha pela brasileira Adriane Rössler, realiza desde o fim de 2020, um levantamento entre os interessados em seus serviços de auxílio para quem busca empreender no país europeu e concluiu que, de cada 10 interessados, 8 são mulheres. Baseado em dados do Ministério das Relações Exteriores, estima-se que pouco mais de 100 mil brasileiros morem atualmente na Alemanha.
A proporção de brasileiras com desejo de empreender na maior economia da Europa é bem maior do que o das nativas. Segundo estudo publicado pelo banco alemão Sparkasse, 38% das empresas abertas no país, em 2020, têm mulheres no comando. A maioria das alemãs começa seu negócio como uma atividade secundária no setor Têxtil, seguido por Educação, Medicina e Biotechnologia.
“Devido à dificuldade da língua, muitas brasileiras veem maior facilidade em oferecer um serviço ou produtos para a própria comunidade brasileira residente na Alemanha e países vizinhos”, afirma Adriane Rössler. Segundo a economista e administradora, com a ascensão da digitalização dos negócios, principalmente durante a pandemia Covid-19, esta forma de venda e contato com clientes predomina na Alemanha e Europa, permitindo novas oportunidades para mulheres se tornarem independentes financeiramente e poderem voltar ao mercado de trabalho.
Entre os negócios mais procurados pelas empreendedoras brasileiras na Alemanha estão serviços na área da saúde, beleza e gastronomia. As que desejam se concentrar somente em venda de serviços são 27%. Já 45% das mulheres pretendem vender produtos principalmente na área de confecção e moda, seguindo os padrões brasileiros, no mercado alemão e europeu, seja em uma loja física ou digital. Outras 27% gostariam de vender produtos e serviços ao mesmo tempo, “para não arriscar em uma atividade única, principalmente por experiências anteriores. Diversificando o rol de atividades muitas clientes acreditam que os riscos minimizam”, explica a consultora.
Enquanto muitos setores da economia foram afetados negativamente pela pandemia, o setor da prestação de serviço viu sua demanda aumentar na Alemanha neste período. Isso foi resultado direto da maior disponibilidade de tempo que muitas pessoas tiveram durante o confinamento e da reflexão individual sobre novas possibilidades de trabalho e a necessidade de se reinventar de alguma forma.
“Empreender na Alemanha traz diversos desafios e, por isso, uma consultoria neste segmento é tão valiosa. Nesta caminhada do empreendedor um auxílio é essencial”, garante Rössler. Além de acompanhar e dar assessoria ao cliente para viabilizar seus projetos, a AR Konsili® conta com uma rede de apoio de prestadores de serviços bilíngues, tais como advogados, contadores e consultores alfandegários.
Dicas Para se Estabelecer com Sucesso na Alemanha
- Buscar uma assessoria qualificada e local: o suporte local e qualificado na Alemanha é imprescindível na abertura da empresa. Esse caminho também pode ser trilhado sozinho, mas são grandes as chances de a empreendedora brasileira esquecer algum procedimento essencial no início e corrigir isso futuramente pode custar alto, sem contar a dor de cabeça para lidar com os órgãos, cartas e possíveis entrevistas.
- Dominar a língua alemã: quanto antes conseguir dominar a língua, mais fácil será a adaptação, a integração e o entendimento dos negócios, da cultura e a convivência com os alemães.
- Ter paciência no período de transição, ser gentil consigo: a mudança para a Alemanha não é algo fácil. Para quem tem uma folga no orçamento é essencial viver a cultura e ter uma vida social local.
“Os primeiros 6 a 12 meses são voltados 100% para a adaptação. Colocar a abertura de um negócio junto da lista da mudança pode ser exaustivo. A nova língua, cultura e a legislação são diferentes e isso requer uma adequação”, disse Adriane. “Nosso conselho aqui na AR Konsili ® é chegar, respirar e viver este momento de mudança. Depois é partir para projetar e tornar o negócio uma realidade”, concluiu a consultora.