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O consórcio do século XXI

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*Por Bruno Martins, gerente de novos negócios da Multimarcas Consórcios

Com o desenvolvimento tecnológico, inúmeros setores se transformaram nos últimos anos: os serviços de entrega e de motoristas são realizados por meio de aplicativos. Da mesma forma, as antigas locadoras de fitas VHS foram substituídas por canais de TV por assinatura e, agora, por serviços de streaming. Já os bancos se converteram em digitais. Porém, os consórcios ainda precisam dessa transformação para adentrar de forma competitiva no século XXI.

O setor existe há mais de 60 anos e o que começou como uma forma de enfrentar a crise daquele período tornou-se uma maneira viável para os consumidores brasileiros adquirirem bens e serviços de alto valor. Os dados da Multimarcas Consórcios comprovam um contínuo crescimento do setor, somente em relação à contemplação de imóveis, em 2022, registramos um aumento de  38,6% em relação ao ano anterior, considerando o período entre janeiro e maio.

Hoje, o consórcio pode ser considerado sinônimo de planejamento financeiro. Por meio dele, as famílias podem regular as suas despesas com o objetivo de realizar um sonho futuro. Mas ainda há muito o que mudar, principalmente quando lembramos de todos os outros segmentos que sofreram reais transformações.

Analiso que o grande trunfo deste mercado nos próximos anos acontecerá por meio da tecnologia, principalmente pela diminuição da burocracia e os sistemas de gamificação. Os consumidores, hoje, precisam de incentivos para a participação e, ao mesmo tempo, necessitam de benefícios que sejam realmente algo que os estimule a optar pelos consórcios.

O engajamento e a motivação devem ser fatores primordiais nessa equação. Somente desta maneira podemos quebrar paradigmas e alcançar as novas gerações. Vale-se ressaltar que a maior parte dos jovens já aderiu aos bancos digitais. No total, 54% dos brasileiros entre 18 e 35 anos têm como sua principal instituição financeira os bancos digitais, segundo a pesquisa realizada pela fintech alemã Mambu. É uma tendência inegável e um caminho absolutamente necessário para que os consórcios continuem a existir por mais meio século.

Porém, apenas converter os serviços já existentes, digitalizá-los e esperar que tenhamos resultados é um equívoco. Para que os consórcios funcionem na forma digital é necessário que tenhamos a possibilidade de trazer seus benefícios para esse mundo virtual. E como fazer isso? Entendendo o sonho dos brasileiros, customizando a entrega de valor, deixando transparente todas as etapas do processo e facilitando o relacionamento com o cliente, sempre com o propósito de aproximá-los dos seus objetivos.

*Bruno Martins é gerente de novos negócios da Multimarcas Consórcios, empresa que em quatro décadas de atuação no sistema consorcial, se tornou uma das maiores administradoras do país.

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