Com a crise gerada pelo coronavírus, 64% dos investidores dizem diminuir a predisposição em investir em startups
Pesquisa foi feita pela Anjos do Brasil com 109 investidores em 23 de março
Por: Core Group
A Anjos do Brasil, uma organização sem fins lucrativos de fomento ao investimento anjo e apoio ao empreendedorismo de inovação, realiza estudo para compreender quais os impactos que o Covid-19 terá nos investimentos em startups.A pesquisa aponta que, nos próximos 18 meses, os empreendedores terão mais dificuldade para conseguir investimento anjo.
Dos respondentes:
– 64% dos investidores disseram diminuir a predisposição em investir em startups.
– 51% concorda plenamente que os empreendedores terão mais dificuldade para conseguir investimento ano e/ou de Venture Capital.
“Apesar dos dados indicarem uma tendência de diminuição no volume de investimento anjo em 2020, entendemos que os investidores anjo continuarão aportando e apoiando startups. Entendem que é um investimento de longo prazo e que inovação traz possibilidades de ganhos significativos.”, analisa Maria Rita Spina Bueno, Diretora Executiva da entidade.
O estudo também busca entender como o governo pode incentivar o investimento. “De acordo com a pesquisa, para as startups, o ideal seria pensar em linhas especiais de financiamento e flexibilização nos prazos de pagamentos de tributos. E para os investidores, o fomento ao investimento em startups por meio de abatimento no IRPF para valores investidos e na redução dos riscos envolvidos no investimento direto em empresas no Brasil, seria o mais indicado, além de equiparação tributária com os outros investimentos que tem isenções na tributação”, afirma Cassio Spina, presidente da Anjos do Brasil. Ele também alerta que a última pesquisa de volume sobre investimento anjo (ano base 2018) mostrou uma queda no volume de aplicações, e se não for efetivada nenhuma medida que pelo menos equipare as condições com outros investimentos, podemos ter uma grande redução de investimentos em startups, o que é prejudicial para a retomada da atividade econômica pós-crise.