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Investimentos

O mapa da mina: 3 dicas de onde e como investir em startups em 2022

3 Mins read

Por Ana Debiazi

Hoje, o Brasil tem cerca de 13.800 startups mapeadas pela Associação Brasileira de Startups. Destas, 8,8% estão em scale up e buscando grandes rodadas de investimento. Somado a isso, 62,3% das startups brasileiras ainda estão em fase operação e tração, ou seja, buscando crescimento e a primeira rodada de investimento.

Com essa visão do bom momento do mercado macroeconômico em 2021, e disponibilidade de dinheiro, os fundos de private equity anteciparam o momento de entrada, investindo em empresas em estágios anteriores ao que normalmente faziam. Os investidores mais tradicionais estão querendo participar dos aportes em empresas digitais agora.

Diante disso, surge a necessidade de conhecer mais do ecossistema de startups e ter a expertise para saber enxergar as melhores oportunidades. Por isso, a importância de players no mercado, como as ventures builders, que quebram esses paradigmas e auxiliam futuros investidores com formação e educação sobre o mercado.

Quem procura diversificar sua carteira de investimentos investe os tíquetes naturalmente maiores do venture – seja capital ou builder – e sabe que a aplicação é por definição ilíquida. O ciclo de um venture médio é de dez anos, entre o comprometimento do dinheiro e seu retorno, então muita coisa pode acontecer com juros e políticas nesse tempo.

Pensando nesse cenário, se você deseja investir em startups em 2022, me arrisco a dar três dicas para ser mais assertivo:

  1. Olhe além do convencional. Existem formas atrativas sem cobrança de taxas e comissões, com riscos mitigados, disponíveis no mercado.
  2. Cuidado com os aventureiros. Estamos vendo várias empresas de investimento se lançarem ao mercado, sem ter nenhum conhecimento de causa.
  3. Invista em fundos de participação de empresas; CVB/CVC é uma boa opção, tendo em vista ter uma empresa sólida por trás do fundo, o que demonstra a maturidade e a responsabilidade de aplicação do seu dinheiro. Porém, é importante saber se o fundo da corporate tem uma metodologia para ajudar as startups a entrar e crescer no mercado.

Em termos de segmentos, as startups de serviços financeiros seguem como as cada vez mais queridinhas dos investidores. As fintechs captaram US$ 886,8 milhões nos primeiros dois meses deste ano, ante US$ 505,4 milhões no mesmo período de 2021. O Inside Venture Capital, estudo da Distrito, divulgou uma tabela com cinco setores de startups mais quentes neste começo de 2022, por volume de investimento: FinTech, HRTech, RetailTech, AgTech e Real State.

Assim, é importante entender os tipos de investimentos que existem. Não invista em uma startup por impulso, nem em determinado fundo por estar na moda. Em vez disso, estude e procure entender quais são os tipos de investimento e quais são os riscos e as taxas.

Defina a porcentagem do seu capital que será aplicada em ativos de alto risco, tenha sua reserva de segurança. E estabeleça em quais setores e empresas você pretende investir. Quando se investe em startups, o smart money é muito valioso também, ou seja, você pode contribuir além do dinheiro, por isso é fundamental olhar para setores que você conhece e tem relacionamento.

Com essas dicas, é difícil errar. Depois me diga onde investiu e quais foram os frutos disso!

*Ana Debiazi é CEO da Leonora Ventures, Corporate Venture Builder com DNA inovador e com proposta de trazer soluções para os setores de educação, logística e varejo e promover a aproximação entre organizações já consolidadas e startups – leonoraventures@nbpress.com  

Sobre a Leonora Ventures 

A Leonora Ventures é uma Corporate Venture Builder catarinense que tem a missão de impulsionar o crescimento de startups que atuam com tecnologias inovadoras no setor de varejo, logística e educação. Nascida das iniciativas do Grupo Leonora, empresa que está presente há 37 anos no mercado, sendo a segunda maior distribuidora de produtos de papelaria do Brasil e presente em mais de 11 mil estabelecimentos, e do Grupo FCJ, maior Venture Builder da América Latina, a Leonora Ventures é mão na massa e eleva o potencial escalável das startups em que atua.

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