POR: GIOVANNA VALESKA
Tinha terminado de dar uma palestra, na ocasião tive a bênção de que os meus pais estivessem presentes. O evento terminava com um almoço, e os convidados fomos dirigidos a nos sentar em uma mesa cumprida, em um lugar de destaque, junto com os participantes do evento.
Lembro do rosto de uma das pessoas que no meio do almoço diz: Giovanna, estou seguro que sua criação foi muito linda e que seus pais que hoje estão aqui, a motivavam muito, seguro que eram carinhosos com você, nos conte como foi sua infância e a sua relação com eles.
Senti no momento que tudo mundo olhava para mim, essa parte não foi preparada como a palestra, mas precisava ter um posicionamento de imediato para aqueles olhos que sentia me diziam: conta…. conta…. conta logo…
Dei um sorriso, e em voz alta comentei o seguinte: Vocês conhecem o Hitler e o Osama Bin Laden? A maioria dos presentes acenou com a cabeça em confusão com a minha pergunta. Sem deixar passar mais tempo, eu disse: eles eram meus pais… Ao ouvir minha confissão, tudo mundo deu risada, incluso os meus pais.
Pois é, quando trazemos ao presente o passado, de forma automática nosso cérebro nos leva a lembrar de episódios tristes ou traumáticos.
Acontece que a parte do cérebro responsável por processar memórias negativas é maior pela demanda de trabalho cerebral que requer esse tipo de lembranças, por isso diante de qualquer estímulo lembramos de forma rápida daqueles episódios.
Todos nós vivemos situações negativas: empreendimentos que deram falência, pessoas que nos decepcionaram, a morte de um ser querido, momentos específicos de nossa infância e quantas outras situações que provocaram algum tipo de instabilidade em alguma área de nossa vida. E no seu papel de sobrevivência o que faz o cérebro é nos lembrar o que aconteceu. Mas hoje quero levar você para um estado de lógica que o ajudará a ver o passado com outra visão.
Não tive uma infância dos sonhos, de fato quando criança tive demandas que eram para uma pessoa adulta e não para uma menina, se alguém me perguntar se eu apanhava a resposta é sim, e por favor não pergunte com que, se não com que não. Tudo Isso já me levou em algum momento a ter magoa, até que caiu uma ficha. Eu não teria a fortaleza e o caráter que tenho se não fosse por essa pressão que os meus pais me deram por outro lado, isso me levou a ser uma solucionadora de problemas no lugar de produzir eles e muito mais.
Convido você a relembrar do seu passado. Reflita agora comigo o seguinte: quais foram as forças que desenvolveu graças a esse passado? Você não teria a fortaleza que hoje tem se não fosse por isso que viveu. Se as suas sombras têm a ver com uma pessoa, considere que a sua evolução na vida é graças a essa pessoa. Faz sentido?
Considerando isso, cada vez que aquilo que viveu aparecer e tentar levar a seu emocional para um estado negativo, trabalhe junto com o seu raciocínio no seguinte: O passado não foi feito para me destruir, se não para me capacitar. Disso que se trará ressignificar o passado.
Lembre-se, sempre se pode Alterar o Destino.
CRÉDITO FOTO: divulgação