Em um mundo cada vez mais digitalizado, ferramentas de gerenciamento oferecem melhores tomadas de decisão às empresas no mercado
*Por Gabriel Camargo
A digitalização de ferramentas e serviços é um fenômeno que transforma o mundo há décadas e segue em contínua expansão. Como consequência do processo, são atingidas todas as sociedades ao redor do mundo, seja em escala individual, coletiva ou empresarial. Em tempo de pandemia, vigente oficialmente desde março de 2020, muitas companhias aproveitaram as características inerentes à situação mundial para realizar mudanças no âmbito digital. De acordo com estudo da IBM, divulgado em 2020, seis a cada dez empresas aceleraram a digitalização no período pandêmico. Ainda de acordo com dados da multinacional norte-americana, 51% dos executivos brasileiros enxergam a digitalização como prioridade de investimento nos próximos dois anos.
O cenário tecnológico que se estabeleceu ao redor do planeta ao longo dos últimos anos fez com que empresas locais e globais, de diferentes segmentos, realizassem transformações digitais em seus domínios. Durante a pandemia, os setores de educação, saúde, justiça e governo foram algumas das áreas que mais se digitalizaram no período, de acordo com dados coletados em um estudo da Deloitte junto à Cisco, divulgado em 2020. Segundo a pesquisa, denominada “Digitalização, Resiliência e Continuidade dos Negócios”, a adoção de recursos tecnológicos pelas empresas foi muito importante para lidar com a crise e manter os negócios em plena atividade. A tese é fortalecida por estudos do BCG (Boston Consulting Group), que constaram uma valorização maior desde o início pandêmico nas empresas que realizaram uma transformação digital: seis meses após o início da pandemia, organizações mais maduras digitalmente estavam 23% em média mais valorizadas do que antes da crise, e 40% aumentaram receitas em mais de 10%, enquanto que apenas 19% das menos maduras conseguiram um resultado igual.
Diante de todo o cenário digital supracitado, adotar ferramentas de gestão para a práxis profissional se tornou um processo necessário. Afinal, estes recursos são capazes de melhorar as tomadas de decisão no cotidiano empresarial e, a partir disso, é possível fazer uso de técnicas para a redução de riscos e aumento de eficiência nos negócios. Ademais, tais ferramentas são relevantes ao público consumidor, que utilizam das facilidades proporcionadas por estes recursos digitais para realizar compras, apresentar demandas, etc. Um estudo realizado pela McKinsey mostra que o comportamento de indivíduos tomadores de decisão sofreu uma mudança considerável, já que apenas 20% dos consumidores preferem atendimentos presenciais. Dados do estudo também evidenciam que vendedores e compradores optam por um autosserviço digital, opção sem intermediários na promoção de uma maior autonomia entre as partes envolvidas. Entretanto, tais pontos não sepultam a interação física entre as pessoas; ainda que muitas empresas façam negócios majoritariamente via ferramentas digitais, consumidores ainda valorizam consideravelmente atendimentos mais humanizados. Em suma, a tecnologia permite que empreendedores tenham inúmeras melhorias, como maior flexibilidade nas tarefas, aperfeiçoamento de procedimentos, coleta de dados de performance, e, ainda, possam estabelecer novas estratégias futuras com base no que foi observado — tudo isso com foco nos consumidores e na proximidade com eles, outra característica facilitada também pelos recursos tecnológicos.
Os diferentes setores destacados anteriormente em razão do trabalho significativo na implementação de ferramentas digitais, casos de áreas como saúde, educação, justiça e governo, podem servir de exemplo para a implementação de ferramentas digitais de gestão. Porém, para tanto, é importante que os negócios interessados na mudança saibam com acurácia quais são os fatores impeditivos para que as metas estipuladas sejam alcançadas. Tal reflexão é crucial para que sejam implementadas as melhores estratégias de gestão na empresa, principalmente porque essa análise geral permitirá uma otimização maior de toda a cadeia operacional da companhia.
*Gabriel Camargo é CEO da Deep Center, empresa de análise de dados, gestão da informação e inteligência artificial.
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