Por Ralf Germer
Lançado em novembro do ano passado, o Pix, plataforma de pagamentos instantâneos do Banco Central do Brasil (Bacen), já representa 78% de todas as transferências bancárias efetuadas no país. De acordo com números divulgados pela instituição e pela Câmera Interbancária de Pagamentos (CIP), nos primeiros 17 dias de janeiro foram realizadas 87,1 milhões de transações por meio do novo método de pagamento, contra 18 milhões de TEDs e 6,6 milhões de DOCs.
Apesar de recente, o Pix teve seu uso em massa estimulado pelo fato de ser gratuito para pessoas físicas e de baixo custo para instituições financeiras, bem como pela facilidade e segurança na hora do uso, uma vez que o cadastro de chaves como e-mail, CPF e telefone, conta com uma autenticação de dois fatores. Os pagamentos instantâneos também impulsionam a adesão de mais pessoas ao sistema financeiro, com a abertura de contas bancárias ou carteiras digitais.
Levando em consideração que o varejo eletrônico teve maior adesão entre os brasileiros durante a pandemia, o Pix vai beneficiar as lojas virtuais a médio e longo prazo, já que os lojistas terão mais agilidade para entregar os produtos ou disponibilizar um serviço, o que representa uma grande oportunidade de incremento das vendas. No e-commerce, a experiência de pagamento faz toda a diferença e o Pix atende lacunas que outros métodos de pagamento tradicionais não oferecem, como a confirmação. Uma experiência fluida, simples e extremamente segura.
Os dados de utilização dos pagamentos instantâneos reforçam a importância do varejo disponibilizar essa opção em seu checkout. O primeiro passo é procurar por uma processadora de pagamentos que ofereça a solução. Caso o comerciante já trabalhe com uma empresa desse tipo, é importante saber se a tecnologia está disponível para a plataforma de e-commerce que ele utiliza. A PagBrasil, por exemplo, é a primeira processadora de pagamentos a oferecer o Pix para lojas Shopify, além de também disponibilizar o novo método de pagamento via API.
O que vemos nesse momento é apenas o início do projeto Pix, que permitirá inúmeras possibilidades de transações daqui para frente. A tecnologia é promissora e uma excelente oportunidade para melhorar a experiência de compra do usuário, consequentemente aumentado as conversões dos lojistas.
*Ralf Germer é CEO e cofundador da PagBrasil, fintech brasileira líder no processamento de pagamentos para e-commerce ao redor do mundo.