[radio_player id="1"]
Vendas

Por que a Shein pode prejudicar o Varejo Brasileiro?

3 Mins read

Entenda o impacto mundial da marca e porque não competir com ela é a melhor estratégia

POR: LARA COMUNICAÇÃO

Recentemente, a gigante chinesa de low cost Shein foi denunciada pelo documentário “Untold: inside the Shein Machine”, que mostrou jornadas laborais de até 18 horas por um salário baixo, entre outros problemas trabalhistas. Apesar de o caso estar geograficamente longe do Brasil, a varejista de fast fashion pode impactar o mercado brasileiro.

O especialista em empreendimentos no setor têxtil Jesué Tomé recorda que a empresa foi fundada em 2008, e na época vendia apenas vestidos de casamento. O nome Shein só foi adotado de fato em 2015, mas a virada de chave foi um ano depois, quando passou a apostar em produção própria. Em 2020, ganhou força através de vídeos de criadores de conteúdo no Instagram e no Tiktok, o que conquistou principalmente a Geração Z. “Hoje, vende em mais de 150 países e é uma empresa avaliada em 30 bilhões de dólares. Há dois anos, tornou-se o maior empreendimento de moda exclusivamente on-line do mundo”, destaca.

Ele explica também que os preços incrivelmente baixos por produtos de boa qualidade são o que faz com que a empresa venha conquistando o público de maneira avassaladora, além da facilidade da entrega. Por outro lado, mesmo que os brasileiros tenham passado a comprar mais roupas pela internet durante a pandemia, ainda é uma porcentagem baixa em relação ao varejo físico, ou seja, menos de 10%.

“As pessoas estão se adaptando aos poucos a comprar on-line e, conforme esse movimento vai acontecendo, lojas de moda que não têm marcas consolidadas ficam pelo caminho, por consequência do preço não ser competitivo comparado a players como a Shein”, ressalta.

Mesmo assim, o mercado nacional está de olho no filão e a grande preocupação não é exatamente o marketing digital, mas sim os preços difíceis de concorrer, uma vez que estão associados a trabalho em larga escala e, caso confirmadas as informações do filme, questões de insalubridade.

Além disso, a mão de obra no continente asiático normalmente já é mais barata, assim como cargas tributárias e incentivos fiscais, o que dificulta ainda mais aproximar os valores de venda para uma concorrência leal. “Sabemos que essa moda é commodity e as marcas brasileiras precisam estar atentas a isso, não se deixando tornar commodity também. O que diferencia o produto de uma marca para um produto da Shein é a etiqueta, o nome e o trabalho que estão por trás da empresa que vende. Nem todo mundo quer pagar barato no produto, isso é um fato. Portanto, os negócios ainda não consolidados precisam profissionalizar seus trabalhos e fincar definitivamente a sua bandeira, para não ter que competir diretamente com players que vendem roupa e não marca”, acrescenta.

Apesar do impacto, não é de hoje que o varejo brasileiro vem sendo afetado pela expansão de grandes players. Esse movimento tem pelo menos dez anos e, nos últimos cinco, o crescimento do e-commerce chegou como aliado, mas também trazendo desafios a essas pequenas lojas. Segundo o especialista, esse histórico só consolida a ideia de que lojas físicas de moda precisam estar on-line e também se transformar em marcas – ou vão seguir perdendo espaço.

“Podemos dizer que a Shein não preencheu uma brecha no mercado brasileiro, mas ela se posicionou rapidamente nas redes sociais e acabou viralizando. Isso só se deu pelos baixíssimos preços. Com toda minha experiência, eu diria que é impossível qualquer varejista proporcionar os produtos que a Shein proporciona pelos preços que ela vende. A única forma de competir com ela é não competindo. A empresa trabalha fortemente os cinco pilares do MIAPE, que são Mercado, Identidade, Audiência, Produto e Estratégia”, conclui Jesué, reforçando ainda a importância de criar uma experiência de marca que faça com que o consumidor deseje aquilo que você oferece, independentemente do preço.

*Jesué Tomé  desenvolveu uma metodologia baseada em tudo que aprendeu ao longo dos mais de dez anos de experiência com sua marca. Depois de diversos caminhos percorridos, erros e acertos com a Alfa Skate® , ele entendeu o que realmente funciona e o que dá resultado no varejo têxtil. Foi depois dessa jornada que ele chegou ao método de ensino batizado de MIAPE, que tem cinco pilares fundamentais como base: mercado, identidade, audiência, produto e estratégia. O propósito é ensinar aos jovens empreendedores como colocar toda a energia no que realmente importa para lançar uma nova marca no mercado em busca de resultados efetivos. Para mais informações, acesse https://viverdemarca.com/curso-viver-de-marca ou pelo Instagram @viverdemarca e @jesuetome

Related posts
MarketingTecnologiaVendas

Funcional Health Tech leva para Abrafarma tecnologia que usa IA para otimizar estoques, evitar rupturas e maximizar vendas das farmácias

3 Mins read
Fidelize Transfer Order garante uma experiência de compra facilitada para mais de 50 mil PDVs físicos e digitais em todo o Brasil…
BusinessVendas

Solução otimiza operações de corretoras de seguros e ajuda a alavancar vendas

2 Mins read
O sistema Gestor, da Agger, permite gerir e automatizar os processos em uma única plataforma Pensando em otimizar os sistemas de gestão…
BusinessTecnologiaVendas

Com alta na venda de carros elétricos no Brasil, cotações de seguros têm salto de 800%

2 Mins read
Somente em maio deste ano, foram realizadas 84 mil cotações desta categoria Dados coletados pela Agger, parceira de corretores com a maior plataforma…
Fique por dentro das novidades

[wpforms id="39603"]

Se inscrevendo em nossa newsletter você ganha benefícios surpreendentes.