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Poesia S.A

Quem ama soma, não divide

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* Por Laura Porto, Administradora, Escritora e Mentora Organizacional

O amor soma, não divide. É isso mesmo! O amor soma e multiplica.
Divide apenas quando é egoísta, falso e soberbo. Mas pode existir amor soberbo? Se é amor, não deveria ser sublime e pleno? Não necessariamente.

Os extremos são sempre prejudiciais. No meu ponto de vista, o amor, quando levado às extremidades, pode se tornar cego, irracional e soberbo.
O amor multiplica emoções — todas elas: alegria, tristeza, plenitude e angústia. Ele invade o corpo e a alma, estimula a produção de serotonina.
O amor consome e entrega, busca e espera, agrega e transforma o mundo e as pessoas.

O amor perdoa, se refaz e se reinventa.
O amor é mágico e, às vezes, trágico. Tem funções quase sobre-humanas, começa sem destino, sem propósito e sem limites. Intensifica-se sem frescuras ou regras.

Mas será que o amor precisa de regras? É necessário impor normas para amar ou ser amado?

Até os céticos, psicopatas e egoístas esperam, querem e desejam amar e ser amados. Até os insensíveis e os loucos buscam sentir o amor. Muitos nem sabem o que é, mas o sentimento que arrebata, transforma, energiza, dá força e coragem, é fácil de reconhecer e aprender.

Quem ama sofre. Essa é a prerrogativa de quem ama e de quem é amado.
O amor não é simples de viver, mas é simples de sentir.

A vida precisa de sentimentos e emoções; precisa de brio e paixão; de lágrimas e suor; de força e coragem. Inevitavelmente, a vida precisa de amor e amores.

A vida começa com um ato que deve — ou deveria — ser de amor.
Ela progride por incontáveis atos de amor.

A vida segue à procura do amor, cresce alimentada por atos de amor, prolifera-se em ações de amor.
Ela se engaja com toques de amor, arde com o fogo do amor, dói com a fragilidade do amor, supera-se com a coragem do amor.

A vida se entrega por uma determinação de amor, a vida equaliza com a duplicidade do amor.

E o amor, por si só, é capaz de levar uma vida, vidas e até multidões.
Ah, o amor! Tão grandioso e tão intenso que pode, paradoxalmente, se transformar em ódio.

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