Promover igualdade e diversidade no trabalho reflete positivamente nas empresas — mulheres são maioria no Brasil. No evento do Diálogos Nórdicos organizado no Insper, dia 12/11, acontecem debates sobre Educação, Práticas de Seleção, Carreiras e Empreendedorismo e o lançamento de ferramenta online para empresas avaliarem e adotarem medidas de inclusão
O seminário “Gênero e Inclusão nas Empresas” convida à reflexão e à conscientização da importância de se promover a igualdade de gênero no mundo dos negócios. Idealizado pelo projeto Diálogos Nórdicos — em parceria com a ONU Mulheres, UN Global Compact, câmaras de comércio nórdicas no Brasil e Insper –, o evento será realizado em São Paulo, em 12 de novembro, das 8h30 às 13h (inscrições gratuitas e antecipadas devem ser feitas por este link). O embaixador da Dinamarca, Nicolai Prytz, fará a abertura do evento.
O Diálogos Nórdicos é encabeçado pelas embaixadas nórdicas no Brasil (Dinamarca, Finlândia, Noruega e Suécia) e pelo Instituto Cultural da Dinamarca para estimular o debate sobre a igualdade de gênero, assunto que tem pautado todas as ações do projeto neste ano — os próximos serão transparência (2019) e sustentabilidade (2020).
Para este seminário, foram convidados grandes players de negócios da Finlândia/Nokia, Noruega/a confirmar nome, Dinamarca/Maersk Line e Suécia/Business Sweden que atuam no Brasil. Seus representantes trarão para o debate pontos de vista, experiências profissionais e de gerenciamento sobre a inclusão feminina nas áreas da Educação, Práticas de Seleção, Carreiras e Empreendedorismo. Professores do Insper compartilharão as mesas de debates — a programação completa consta no fim do release.
O evento também apresentará a WEP Gender Gap Analysis Tool (Ferramenta de Análise de Diferenças de Gênero e Princípios de Empoderamento das Mulheres) voltada para que as empresas identifiquem pontos fortes, lacunas e oportunidades que melhorem o desempenho em igualdade de gênero no trabalho, mercado e comunidade — com isto, ajudando-as a implementar mudanças internas condizentes com as demandas atuais que dizem respeito ao tratamento igualitário entre homens e mulheres no trabalho e também na sociedade como um todo. O acesso à ferramenta é gratuito, e os dados permanecem confidenciais.
A ferramenta WEP Gender Gap Analysis Tool foi desenvolvida pelo Pacto Global da ONU em colaboração com a ONU Mulheres, o BID Invest e vários outros parceiros e apoiadores. A ferramenta, disponível em inglês e espanhol, foi usada por mais de 800 empresas em 91 países e terá a versão em português.
A escolha pelo setor privado para este seminário do Diálogos Nórdicos se explica: mais de 90% dos empregos no mundo se concentram nele, segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho). Diante desse dado, parece claro que o debate sobre igualdade de gênero deva partir desse segmento.
“As sociedades dos países nórdicos são organizadas de uma maneira semelhante e possuem vários valores em comum. Acreditamos que é muito importante promover e implementar a ideia de que meninos e meninas têm as mesmas possibilidades na vida, tanto na vida familiar como na carreira profissional”, explica o embaixador da Dinamarca, Nicolai Prytz, que participará da abertura do evento.
“O seminário sobre gênero e inclusão nas empresas trará alguns exemplos bem-sucedidos de liderança feminina e de seu impacto nos resultados econômicos. Esperamos que, muito mais do que apenas promover uma discussão sobre igualdade de gênero, possamos inspirar e mudar conceitos. Os países nórdicos continuarão trabalhando para que diversas empresas e instituições empreguem cada vez mais mulheres em posições de liderança”, conclui.
CENÁRIO BRASIL
O debate sobre a igualdade de gênero no setor privado, e em várias outras esferas da sociedade, é uma tendência que ganha voz cada vez mais. A globalização e o aumento do número de mulheres no mercado de trabalho também contribuíram para que, nos últimos anos, mais empresas voltassem sua atenção para essa questão, não apenas pela repercussão social e trabalhista, mas também por interferir nas estratégias de negócio das empresas a partir da promoção da igualdade de gênero.
Dados do Fórum Econômico Mundial sobre competitividade global indicam que a igualdade de gênero é um dos fatores — ao lado da etnia, orientação sexual ou religião — que beneficia o crescimento econômico de sociedades inclusivas e diversificadas.
Um estudo do Banco Mundial — Mulheres, Empresa e o Direito 2018 — afirma ainda que se houvesse igualdade salarial entre homens e mulheres, o PIB (Produto Interno Bruto) mundial seria 26% maior. Já no PIB do Brasil, haveria um aumento de 3,3%, ou seja, o equivalente a R$ 382 bilhões.
Esse é um aspecto importante, visto que há mais mulheres que homens no país. Segundo estimativa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), as mulheres correspondem a 51,5% da população, contra 48,5% dos homens. Ou seja, dos 207 milhões de brasileiros, aproximadamente 106 milhões são mulheres, e elas respondem por 44% da força de trabalho — dados de 2016.
O levantamento do Banco Mundial indica também que o Brasil possui vários aspectos favoráveis às mulheres, que não se veem em sociedades mais rígidas, porém faltam medidas que assegurem a igualdade de gênero — como a licença parental e a remuneração igualitária entre homens e mulheres.
PROGRAMAÇÃO
8h30
Welcome coffee |
Welcome coffee | |
9h
Abertura |
Carolina da Costa | Vice-presidente do Insper desde janeiro de 2017 e reitora do programa de graduação. |
9h10
Projeto Diálogos Nórdicos e igualdade nos países nórdicos |
Nicolai Prytz | Embaixador da Dinamarca desde setembro de 2018. Antes, foi cônsul-geral em Xangai e São Paulo e integrou o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, na Guatemala, além de ter exercido outros cargos diplomáticos no exterior. |
9h30 ONU Mulheres |
Adriana Carvalho | Gerente de WEP (Empoderamento das Mulheres). Promove práticas de igualdade de gênero no mundo do trabalho. |
9h50 Schneider Electrics |
Miquel Serra Alquezar | Vice-presidente de RH da Schneider Electrics no Brasil. Formado em Business Administration e especializado em RH, incentiva a diversificação na empresa para impactar o potencial de inovação. |
10h15 — PALESTRAS |
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Tema: A educação como meio de promoção da diversidade e igualdade de gênero | | Fernanda Tricerri e Paulina Achurra | Fernanda Tricerri é diretora de RH da Nokia/Finlândia. Responsável pela orientação e estratégias da empresa que valorizem as pessoas.
Paulina Achurra é professora no Insper, onde participa do desenvolvimento e implementação do curso de graduação em Engenharia, além de trabalhar temas de Inovação Social. |
Tema: As melhores práticas de seleção visando garantir diversidade e igualdade de gênero | Ana Miretzki
Edvalter Becker Holz |
Ana Miretzki é analista de RH Business da Aker Solutions
Edvalter Becker Holz é professor do Insper e desenvolve pesquisas sobre organizações e pessoas e sobre impacto social do conhecimento administrativo. |
Tema: Como garantir igualdade e promover a diversidade em todas as fases da carreira, do início ao fim? | Maria Carolina Antunes e Fernando Ribeiro | Maria Carolina Antunes é Senior HR Business Partner da Maersk Line/Dinamarca. Atua com gestão de pessoas e processos e Cultura Organizacional e Gestão de Mudança.
Fernando Ribeiro é professor de economia, administração e engenharias do Insper. Atua como pesquisador nas áreas de gênero e economia.. |
Tema: Quais os desafios enfrentados pelas mulheres quando decidem ser empreendedoras? Como combinar negócios e família? | Elsa Stefenson e Juliana Miranda Mitkiewicz | Elsa Stefenson é gerente de Projetos Sênior da Business Sweden/Suécia. Atua como consultora de gestão em suporte a empresas suecas
Juliana Miranda Mitkiewicz é consultora de Inovação da Votorantim.
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12h |
Resultados dos workshops | |
13h |
Encerramento |
SERVIÇO
Data: 12 de novembro, das 8h30 às 13h
Local: Insper, no auditório Steffi e Max Perlman
Entrada e estacionamento: Rua Uberabinha, s/n- Vila Olimpia – São Paulo
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O que são os Diálogos Nórdicos
O projeto Diálogos Nórdicos – uma iniciativa conjunta entre as Embaixadas da Dinamarca, Finlândia, Noruega e Suécia no Brasil e do Instituto Cultural da Dinamarca – tem o objetivo discutir desafios atuais, promover o engajamento e servir de fonte de inspiração a brasileiras e brasileiros por meio do diálogo sobre perspectivas e experiências da região nórdica.
Tendo como princípio norteador a Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável, os temas anuais dos Diálogos Nórdicos se relacionam intrinsecamente às Metas de Desenvolvimento Sustentável. Assim, o primeiro Diálogos Nórdicos, de 2018, promoverá maior igualdade de gênero. O Diálogos Nórdicos 2019 abrangerá o fortalecimento da confiança entre instituições e indivíduos; e o Diálogos Nórdicos 2020 vai centrar suas discussões no crescimento responsável e sustentável.