POR: Carolina Serra – M112
Para conscientizar a população sobre os riscos do câncer colorretal, a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) criou a campanha “Setembro Verde”, alertando sobre a gravidade dessa doença e a importância da prevenção e do diagnóstico precoce. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), estimam-se 17.380 novos casos para homens e 18.980 para mulheres neste ano de 2019. O câncer colorretal é o segundo mais frequente em mulheres e o terceiro entre os homens. “Existe uma discreta predominância no sexo feminino, porém não é estatisticamente significante”, comenta Dra. Maria Bernadette Zambotto, coloproctologista e prestadora de serviços no Hospital América de Mauá.
O câncer colorretal pode atingir qualquer parte do intestino grosso, composto por ceco, cólon ascendente, cólon transverso, cólon descendente, sigmoide e reto. “Na fase de pólipo (tumores benignos de até 3cm), tudo é absolutamente assintomático. Portanto, a prevenção é mandatória. O mais importante é saber que todo câncer começa pequeno e curável”, explica a doutora.
Os sintomas da doença dependem do local de incidência: tumores no intestino grosso inicial (que fica do nosso lado direito) costumam provocar anemia, já os tumores no intestino grosso final (que fica do nosso lado esquerdo) provocam sintomas como obstipação (ressecamento), evacuação difícil e sangue e muco nas fezes.
O Hospital América de Mauá oferece aos pacientes exame “Gold Standard” (padrão ouro) para detectar e retirar pequenos pólipos. “No Hospital América, a colonoscopia é de alta resolução, o que nos permite, com procedimentos avançados, rastrear e tratar tumores por meio desse exame. Também contamos com uma equipe de cirurgia coloproctológica para assumir os casos em que não é mais possível utilizar apenas a colonoscopia”, ressalta Zambotto.
Em 2018, a Sociedade Americana de Câncer (ACS, sigla em inglês) reduziu de 50 para 45 anos a idade em que se deve iniciar o rastreamento de câncer colorretal, já que a doença tem sido diagnosticada em indivíduos cada vez mais jovens. “Dependendo do histórico familiar do paciente, esse ‘corte’ para 45 anos pode ser ainda maior, isto é, a idade mínima para o início da investigação da doença pode diminuir ainda mais. O câncer colorretal tem alta prevalência genética, o que significa que descendentes diretos (filhos) de pessoas portadoras de câncer colorretal devem fazer o rastreamento assim que os pais forem diagnosticados. Indivíduos em linhagem horizontal (irmãos) também devem ser investigados e, como medida de cautela, é fundamental investigar até a segunda geração (netos)”, informa a coloproctologista.
Hábitos de vida pouco saudáveis estão fortemente relacionados ao risco de doenças neoplásicas (cânceres). No que se refere ao câncer colorretal, um grande fator de risco é ter uma dieta inadequada, em que há alta ingestão de gorduras animais, corantes, aromatizantes, defumados, baixo teor de fibras e pouco consumo de água.
Dra. Maria Bernadette Zambotto Vianna, coloproctologista, colonoscopista e prestadora de serviços no Hospital América de Mauá | Cremesp 83319