A pandemia causada pelo novo coronavírus obriga que empresas já conhecidas pela inovação, como startups, superem desafios e sigam em busca de novas soluções
POR Leonardo Leão
O ano de 2020 ficará eternamente marcado na história da humanidade como um período que requisitou ao mundo diversas mudanças. Seja no campo social ou empresarial, não há quem não tenha sofrido um abalo inesperado e deveras significativo. No ramo dos negócios, por exemplo, inúmeros empreendimentos passaram por dificuldades ou até mesmo fecharam, dos menores aos maiores. E as incertezas inerentes ao tempo atual também aumentaram, especialmente àqueles que trabalham paulatinamente em busca de solucionar os problemas de terceiros. Os números são taxativos em relação aos impactos da Covid-19 no planeta: 522 mil empresas fecharam as portas no país ainda em 2020 por conta da pandemia. É o que divulga a Pesquisa Pulso Empresa, realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no ano passado.
As startups, amplamente conhecidas por fazerem das dificuldades impostas verdadeiras fontes de oportunidades de negócio e renda por meio da tecnologia, também precisaram refletir suas atuações diante do cenário atual. Este tipo de empresa, que tem como característica a agilidade e inovação, foi quem saiu na frente na busca por soluções enquanto o mundo tentava se adaptar a uma nova rotina de isolamento e franca digitalização. Isso aconteceu porque a pandemia obrigou que comportamentos e certos hábitos de consumo humano mudassem — se não em sua essência, pelo menos em seu modo. A digitalização, que já era uma tendência, se tornou consolidada, e com mais pessoas em casa, maior se tornou a necessidade de oferecer alimentação e medicamentos via delivery, além de haver uma possibilidade maior de oferecer serviços a consumidores isolados, desde itens informativos, bancários ou de entretenimento, para ficar em apenas alguns exemplos.
O resultado de tais mudanças foi animador para as startups, já que enquanto 87% dos pequenos negócios convencionais tiveram queda no faturamento durante a crise atual, elas obtiveram perdas menos significativas. Este é um dado divulgado por uma pesquisa do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) do ano passado, que ainda acrescenta: 76% das startups não precisaram demitir funcionários em meio à crise, como de praxe em outros segmentos do mercado.
Todo esse cenário de vida às startups ganhou ainda mais força com os investimentos em plena ebulição. No primeiro semestre deste ano, esse modelo de empresa no Brasil recebeu cerca de dezesseis bilhões de reais em aporte, um valor que representa 90% do que foi investido em todo o ano passado. De acordo com números divulgados pelo relatório Inside Venture Capital, até maio deste ano foram 261 registros de investimento neste tipo de negócio.
Como fica evidente, a continuidade de vida das startups mesmo em um forte período de crise como o atual é possível porque elas têm como foco contínuo a busca por soluções diante dos problemas estabelecidos na sociedade. Além disso, certas estratégias adotadas para preservação de liquidez das empresas e instrumentos de captação de recursos tornaram possível a aplicação com sucesso de políticas de enfrentamento à crise atual. Como disse uma vez Jack Welch, consagrado executivo norte-americano, “…a inovação está ao seu redor. Você vê o que alguém já está fazendo, adapta isso ao seu local e eleva a novos níveis. Este processo nunca para.” Tal reflexão também poderia ser usada para descrever as startups, afinal, elas têm que fazer da inovação um sinônimo, dia após dia.
*Leonardo Leão é CEO da Woli Ventures, organização que atua há 18 anos no mercado com soluções inovadoras de educação, marketing e varejo para pessoas e empresas.
Sobre Woli Venture
A Woli Ventures nasceu da parceria entre o Grupo Woli, uma organização que atua há 18 anos no mercado com soluções inovadoras de educação, marketing e varejo para pessoas e empresas , e, esta presente em mais de 70% do território brasileiro e no exterior, com projetos, em países da América do Sul – Argentina, Bolívia, Chile e Colômbia, e da América Central – México, e a FCJ Venture Builder, a maior rede de Venture Builder da América Latina.
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