O crescente uso de dispositivos celulares tem levado a um aumento significativo de pacientes com problemas na coluna. É o que alerta o renomado neurocirurgião Dr. Mateus Tomaz, que destaca os impactos negativos desse hábito na saúde vertebral.
“A verdade é que com o maior uso de aparelhos celulares as pessoas têm ficado com uma postura de flexão do pescoço e dependendo do grau de flexão isso pode acrescentar até 12 quilos de sobrecarga nas vértebras e nos discos da cervical. Isso no longo prazo pode gerar problemas como artrose facetária e as hérnias de disco na região cervical”, alerta o especialista.
Essa postura inadequada constante pode levar, entre outros problemas, a uma dor crônica na região cervical e a doenças como a artrose facetária, os chamados bicos-de-papagaio e as famosas hérnias de disco, segundo o especialista.
Crianças e adolescentes são o grupo mais vulnerável a desenvolver essas patologias. “Esse é o público que passa mais tempo com a utilização de celulares. Portanto, são várias horas por dia de sobrecarga na região cervical”, explica o Dr. Mateus Tomaz.
Ele reforça, porém, que medidas simples na rotina de uso dos dispositivos podem ajudar a atenuar problemas. “O ideal é ajustar a altura do celular para a linha dos olhos, ou seja, sem flexionar o pescoço. Isso pode ser feito apoiando, por exemplo, os cotovelos em uma mesa ou em algum suporte para que você não fique com o braço cansado e precise baixar as mãos”, defende.
Uma medida mais eficiente ainda é limitar o tempo de uso dos aparelhos celulares. “Não existe tempo exatamente seguro para uso de telas, mas qualquer tempo acima de 15 minutos com uma flexão no pescoço já promove aí grande dano e uma possibilidade de lesões na coluna”, conclui o especialista.