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Saúde

Vacinação contra COVID19: o fator elementar para a retomada econômica

3 Mins read

POR: Thamires Pandolfi Cappello

No atual cenário econômico brasileiro não há como desvincular a retomada da economia do avanço na campanha de vacinação contra COVID19. Estudos em diversas áreas já comprovaram os impactos da pandemia no Produto Interno Bruto (PIB), sendo a área de serviços uma das mais afetadas. A impossibilidade de aglomerações e as limitações na prestação de serviços ao público implicam diretamente no desabastecimento do setor.

A notícia veiculada pelo Governo do Estado de São Paulo, em relação à antecipação da vacinação em 30 dias traz um ânimo aos setores econômicos que acreditam ser a vacinação a saída fundamental para o retorno integral e funcional de todas as atividades.

A pandemia gerou impactos econômicos na maioria dos setores empresariais. Por algum tempo a dicotomia entre os impactos econômicos e a preservação da saúde por medidas restritivas e de isolamento social tomou conta das discussões dos setores sociais.

Hoje, entretanto, após mais de um ano do início da pandemia COVID19, já se pode afirmar que a discussão a ser levantada não diz respeito à impossibilidade de quarentena e isolamento social – medidas que possuem comprovação científica contra a disseminação do vírus – mas sim, sobre a necessidade de vacinas à toda população, especialmente no que tange aos meios eficazes de antecipação das campanhas de imunização em larga escala no menor tempo possível.

Por certo, as medidas de isolamento, entre elas as quarentenas, se demonstraram necessárias e eficazes à preservação das vidas, além de resguardar a capacidade das entidades hospitalares, que chegaram ao colapso nos piores picos da infecção. Com elas, por outro lado, os setores econômicos foram abalados em todas as suas dimensões.

É de se considerar, entretanto, com tudo que vem sendo levantado e apurado na CPI da COVID, que a negligência relacionada às tratativas nacionais e internacionais no quesito aquisição de insumos e vacinas foi e, ainda é, o grande problema no que tange aos impactos econômicos mais significativos, uma vez que os reflexos continuam perpetuando e gerando resultados negativos.

Apostas alheias às diretrizes das comunidades científicas em um cenário preponderantemente biológico só tende a colapsar não só setor econômico, como todos os demais setores de uma sociedade, especialmente, quando falamos de vidas – quase 500 mil vidas brasileiras perdidas. A esperança para qualquer retomada de vida social, econômica e até um acalento nas esferas políticas está diretamente relacionada à imunização da população.

É certo que a vacinação e com ela a imunização em massa formam o pilar fundamental para o fim das restrições no comércio, restabelecimento dos serviços em saúde e, mais, alívio da população ao ponto de que sejam normalizadas as transições sociais.

O Relatório de Atividade Fiscal (RAF), elaborado pela Instituição Fiscal Independente (IFI), publicado em abril deste ano classificou o “atraso no calendário de vacinação” como um risco importante a ser controlado. O documento dispõe que:

“ Atraso no calendário de vacinação constitui outro risco a ser monitorado para a evolução do cenário. Outro risco cuja materialização pode piorar o cenário reside em eventuais atrasos nos programas de vacinação. Como se sabe, a oferta de vacinas em âmbito global está sendo insuficiente para o atendimento da demanda. Dessa forma, o avanço da vacinação no Brasil estará dependente de acordos para a importação dos imunizantes até que a produção local adquira uma escala relevante, o que só deverá ocorrer mais para o final do ano ou mesmo em 2022.” ( Fonte: Agência Senado Federal)

Com isso, o controle da pandemia implica diretamente na retomada dos setores econômicos e para que isto seja possível, o país necessita correr atrás do prejuízo já concretizado com o atraso das vacinas, a fim de garantir a disponibilidade de doses que possam proporcionar a imunização da maior parte da população.

Isso porque o retorno das atividades sem os cuidados pertinentes e protocolos sanitários como restrições, distanciamento social e uso de máscaras poderá acarretar novos picos da infecção, novas variantes do vírus resistentes às vacinas até então descobertas e aprovadas, e como consequência teremos novo aumento do número de casos e mortes, levando o país à uma “prisão covid19” sem prazo determinado para o fim.

Embora possa parecer que a população se “acostumou” com o “novo normal” toda e qualquer medida fora das diretrizes científicas poderá acarretar um retrocesso monumental com impactos na saúde e vida dos cidadãos e em toda a economia do país. A vacinação é uma solução eficaz, desde que todas as condutas ditadas pelas entidades científicas – como a permanência do uso de máscara – continuem sendo cumpridas até a normalização e queda significativa dos casos de infecção e de mortes. Caso contrário, o Brasil viverá o looping do covid19, estendendo, ainda mais, o caos que já poderia estar, ao menos, minimamente controlado e em decadência.

 

Thamires Pandolfi Cappello

Advogada sanitarista. Mestre em direito. Doutoranda e pesquisadora na Universidade de São Paulo (USP). Fundadora do Health Talks BR.

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