POR: Fala Criativa
No final de março, o Banco Central aprovou o sistema de pagamento entre pessoas físicas pelo aplicativo Whatsapp. Anunciado o lançamento, na última terça-feira, 4, o serviço começa com um pequeno número de usuários e será ampliado aos poucos. O pagamento para comércios será permitido posteriormente. Segundo pesquisa da Facebook IQ, departamento de pesquisa de consumidor da companhia, 61% dos brasileiros consideram o envio de mensagens a forma mais fácil de entrar em contato com uma marca e 59% dos consumidores estão mais propensos a comprar de organizações que oferecem atendimento via chat.
Os dados mostram que a interação entre consumidor e marca pelas redes sociais já é uma tendência no Brasil. A função, que tinha sido negada no ano passado, vai poder fornecer um sistema de pagamento em suas conversas. Nesse sentido, ter agilidade, planejamento e compreender o comportamento do consumidor, são elementos necessários para que o varejo utilize a ferramenta com sucesso, diz o especialista em varejo e mentor do Gestão 4.0, Afonso Soares.
Espontaneidade e Praticidade
O especialista explica que os pontos a serem priorizados no uso desse canal, devem seguir a lógica das questões referentes ao comportamento dos usuários. Conforme as tecnologias e a internet se desenvolveram, o acesso à informação, o consumo de mídias e a execução de determinadas tarefas ficaram a um clique de distância, tornando o consumidor imediatista e desacostumado a esperar.
Por isso, é preciso considerar que a velocidade no atendimento passou a ser um dos aspectos cruciais nas interações interpessoais entre consumidor e marca, o que está ligado diretamente à transformação digital. A praticidade e instantaneidade nas compras online já vinham chamando a atenção com a chegada do PIX e agora ganham força com o Whatsapp Pay: “A transformação digital vai dominar as atividades do dia a dia, e com a maneira de se comprar e pagar alguma coisa não seria diferente. Com a segurança de um pagamento digital, a conveniência para o cliente aumenta e gera uma conexão ainda mais direta porque é ele que dará a ordem para que o banco em que é correntista realize o pagamento diretamente para o vendedor, facilitando essa relação de compra e venda”, diz Alfredo.
Agilidade e qualidade nas relações
De acordo com uma pesquisa da Decode, 50% dos elogios na Web que envolvem pequenas e médias empresas referem-se à rapidez no atendimento. Já 41% das menções negativas são atribuídas a demora nas respostas. Para Alfredo Soares é preciso considerar que a ferramenta contempla pessoas e processos. O comportamento do cliente deve ser sempre analisado para uma estratégia apoiada na opinião de quem compra. Dúvidas e problemas na hora da transação devem ser tratados com o mesmo imediatismo característico da ferramenta. Caso contrário, a imagem da marca pode ser comprometida de forma negativa.
Quem optar em utilizar o aplicativo deve atentar-se a rapidez, agilidade e qualidade nas relações, afinal, de acordo com o especialista em Varejo, existe uma forte tendência de crescimento na utilização do aplicativo: Olhando para um boom de vendas via WhatsApp causado pela pandemia, essa função tem o potencial de ampliar ainda mais essa tendência nos próximos meses.
Sobre Alfredo Soares
Alfredo Soares é co-fundador do Gestão 4.0 Imersão & Mentoria, programa de desenvolvimento elaborado para que líderes em posições estratégicas se atualizem, e por meio de técnicas consigam promover mudanças significativas em seus negócios. É fundador da XTECH COMMERCE, que, em três anos, transacionou R $547 milhões em vendas e foi adquirida pela VTEX em 2017. Na mesma época, fundou a startup SocialRocket, que sob sua gestão chegou a 150 mil usuários, em sete países. Com mais de dez anos de experiência, é um dos principais especialistas em vendas e e-commerce do Brasil. É Vice Presidente da VTEX, a maior plataforma de e-commerce da América Latina, com presença global em mais de 35 países, onde atua como líder da unidade de negócios SMB, administrando marcas como LOJA INTEGRADA, XTECH E GO COMMERCE que, juntas, contam com mais de 800 mil lojas virtuais criadas e 1,2 bilhão de reais em vendas por ano. Autor dos livros “Bora Vender” e “Bora Varejo”, este último lançado em agosto de 2020.