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Costureiras produzem máscaras de proteção e criam rede de solidariedade no Rio de Janeiro

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Em preocupação com a saúde da população vulnerável no Rio de Janeiro, costureiras iniciaram produção de máscaras de proteção destinadas aos moradores de comunidades carentes e crianças em tratamento contra o câncer

 

Nesse momento de pandemia mundial, é importante que empresas e pessoas se comprometam a combater a disseminação do novo coronavírus. Costureiras de comunidades do Rio de Janeiro foram contratadas para produzir máscaras de proteção reutilizáveis que serão distribuídas para a população carente.

O projeto, chamado de Doação de Máscaras RJ (@doacaodemascarasrj no Instagram), conta com a parceria de diversas ONGs e outros projetos locais, em prol de fortalecer as doações e aumentar o alcance da iniciativa. Uma delas foi com a ONG Novos Líderes, atuante no complexo do Alemão, em Olaria e na Rocinha, que promoveu a doação de tecido
100% algodão, material essencial para a produção das máscaras.

 

COSTUREIRAS QUE INTEGRAM O PROJETO TÊM DESTAQUE

A matéria prima é fundamental, mas o maior destaque nesse projeto são as costureiras, pelo carinho e empenho ao trabalho que apresentam ao produzir máscaras de qualidade para ajudar a combater a disseminação do vírus.

A produção das máscaras ficou a cargo de costureiras locais, mobilizadas por Daniela Rieck, pela Fabiana Rodrigues. Daniela, responsável pelo Atelier Maya-Lele, voltado à produção de livros infantis de pano, mobilizou as costureiras de seu projeto. Já Fabiana, responsável pela página Rocinha Em Foco, está auxiliando na busca por
costureiras locais, a fim de aumentar a produção e aumentar o alcance do projeto.

Para complementar ainda mais a força tarefa dedicada à produção de máscaras, outra parceria foi firmada com o Projeto Vivendo e Aprendendo, criado por Cleia Ferreira, que consiste em um grupo de artesãs que se apoiam na criação artesanato para a comunidade. No perfil do projeto nas redes sociais (@vivendoeaprendendo.oficial),
estão mostrando o passo a passo da produção das máscaras, além da rotina e do empenho das costureiras em fabricá-las. “Quando recebemos o convite para produção de máscaras, já estávamos fazendo máscaras em pequena quantidade. Conversei com as alunas e pude contar com as que tinham máquina em casa. Eu preparei todo o material e entregava nas residências, pois as alunas idosas não poderiam sair de casa”, explicou Cleia.

Dona Francisca Gomes é uma das costureiras empenhadas no projeto. Destaque também para dona Fransquinha Silva, que está dedicando seu tempo para produzir máscaras para quem precisa. “Mais um dia de isolamento. E ela, minha menina arteira Fransquinha Silva, trabalha confeccionando máscaras que serão doadas. Vamos juntos nessa corrente solidária”, escreveu o perfil @vivendoeaprendendo.oficial.

 

MAIS DE 4000 MIL MÁSCARAS JÁ FORAM ENTREGUES

A distribuição das máscaras está sendo feita com apoio de diferentes organizações, que contam com equipes para entregá-las aos moradores locais, trabalhadores em hospitais, comércios e policiais que estejam atuando nas comunidades. Ao todo, já foram entregues mais de 4000 máscaras e o resultado satisfatório do projeto criou uma rede de solidariedade, com mais costureiras sendo contratadas e máscaras sendo distribuídas em outros locais do Rio de Janeiro.

Uma equipe de pessoas foi mobilizada para realizar as entregas e para que as máscaras sejam distribuídas para quem mais precisa. O Hospital Estadual da Criança no Rio de Janeiro foi um dos beneficiados com o recebimento das máscaras. A Dra. Amanda Conde agradeceu pela iniciativa de distribuição de máscaras e todo o carinho que as costureiras tiveram na produção. “Ficamos impressionadas com o cuidado, com o carinho das máscaras. As mães pegaram as máscaras para elas e quando elas viam que as máscaras para as crianças ficam bem ajustadas, não tinha que fazer nenhuma modificação, ficaram muito felizes. Muita gratidão, obrigada pelo carinho. As máscaras são maravilhosas”, disse a médica.

Ao produzirem as máscaras, as costureiras recebem o pagamento, uma forma de contribuir para a questão financeira local. Por isso, a fim de ajudar o mais número de costureiras, existe rotatividade e contratação de profissionais de diversas comunidades do Rio de Janeiro. “A confecção de máscaras ajudou a oferecer proteção a quem sequer tinha alimentos em sua mesa. Ajudou aos profissionais da saúde, que recebem proteção para si, mas não tinham como oferecer aos pacientes”, enfatizou Cleia Ferreira.

A agência de Relações Públicas Sherlock Communications está auxiliando projeto financeiramente e também com campanhas de divulgação para gerar ainda mais doações. Na página oficial do projeto, @doacaodemascarasrj no Instagram, é possível acompanhar o desenvolvimento dessa iniciativa e contribuir para que mais pessoas possam ser beneficiadas através do link de doações disponível na descrição do perfil.

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