A velocidade do mundo moderno, concorrência e as mudanças profundas universais muitas vezes atrapalham o atingimento de nossos objetivos sejam pessoais ou profissionais, além de nossa qualidade de vida.
Para enfrentar os desafios, devemos sempre estar preparados e muitas vezes a busca de uma ajuda profissional é fundamental para atingirmos esses objetivos e o coach é o profissional adequado para isso, porque através de técnicas e muito conhecimento ele poderá nos conduzir e orientar quais os caminhos a serem seguidos.
O mercado de Coaching foi sempre muito debatido no Brasil. Muitas pessoas ainda duvidam sobre sua eficácia e as mudanças sofridas durante a pandemia levantam a curiosidade das empresas que desejam voltar a realizar cursos e preparar suas equipes para enfrentar os desafios do mercado cada vez mais competitivo.
Conversamos com Francesco Pellegatta, um dos grandes nomes do mercado atual de Coaching no Brasil. Ele possui formação em mais de 3 continentes, sendo certificado como Master Trainer de PLN (Programação Neurolinguística) e autor do livro “A Arte e a Ciência do Coaching”.
Atualmente comanda o seu próprio instituto em Salvador, na Bahia, e ministra cursos em todas as regiões do país.
Economia S/A : Francesco, por que você tomou a decisão de vir e se estabelecer no Brasil após ter passado por outros países?
Francesco Pellegatta: No começo era para descansar um pouco da rotina frenética do trabalho, depois realmente eu me apaixonei por esse país e escolhi ficar. A minha conexão com o Brasil começou um pouco antes quando eu casei na cidade de Salvador, em 2014, e isso também influenciou na minha escolha de vir especificamente a Salvador.
ES/A: Quais as principais diferenças que você pôde perceber aplicando treinamentos para pessoas na Europa, nos Estados Unidos e no Brasil?
FP: Na Europa e nos Estados Unidos as pessoas são um pouco mais frias e racionais, é muito difícil achar alunos nos cursos focados no autoconhecimento e no desenvolvimento pessoal. Na Europa as pessoas focam muito mais nos resultados econômicos que o curso pode oferecer; no Brasil ministrar cursos é muito mais divertido, as pessoas são mais abertas em melhorar e se aprimorar.
ES/A: Quais os principais efeitos que o treinamento de coaching causam nas pessoas que o fazem?
FP: Muito depende do curso e das qualificações do instrutor. No meu entendimento os cursos de Coaching deveriam ensinar as ferramentas úteis para quem quer entrar nesse mercado como a Programação Neuro Linguística (PNL), Hipnose, Time Line Therapy, Eneagrama, Dinâmica da Espiral e muitas outras ferramentas. Infelizmente vejo muitos cursos praticamente com o conteúdo programático vazio e pessoalmente acho que foi exatamente isso que criou em muitas pessoas ideias negativas sobre o Coaching.
E/SA: No seu livro “A Arte e a Ciência do Coaching”, você fala de ferramentas para atingir o sucesso. Para quem estiver conhecendo agora a sua obra, o que você pode dizer sobre essas ferramentas e como você as entrega para as pessoas?
FP: É muito importante aprender diferentes ferramentas porque cada uma trabalha em diferentes áreas, por exemplo a PNL trabalha diretamente com os nossos processos mentais (mente consciente) e a Hipnose trabalha com o nosso lado mais emocional (mente inconsciente), o Eneagrama com a nossa personalidade e a Dinâmica da Espiral® com os nossos valores. É importante entender que somente tendo na bagagem essas diferentes ferramentas a disposição o Coach vai poder realmente impactar na vida das pessoas.
E/SA: O seu treinamento tem algum diferencial com relação ao que vemos principalmente no cenário brasileiro?
FP: Absolutamente sim, sempre foquei na qualidade e nos reconhecimentos internacionais, porque acho muito difícil confiar em cursos que foram avaliados somente pela mesma empresa que ministra a formação. Acho indispensável a existência de um controle de qualidade externo, e os meus cursos são reconhecidos pelas principais certificadoras mundiais como a American Board of NLP, American Board of Hypnotherapy, Association for Integrative Psychology, Coaching Division ABNLP e a Time Line Therapy™ Association. Nenhuma empresa no Brasil tem todas essas certificações e nem tem como principal instrutor alguém que seja certificado no máximo nível (Master Trainer) por todas essas instituições.
E/SA: O ano de 2020 ficará marcado pela pandemia da Covid-19, e todos os profissionais do mundo tiveram que se adaptar a situações de isolamento e até confinamento. Como foi para você durante esse período, como o seu trabalho passou pelos meses mais duros de 2020?
FP: A pandemia foi uma grande possibilidade para estruturar planos, melhorar os cursos e me conectar mais com as pessoas através do meu Instagram. Para a minha empresa foi um grande desafio, sem poder organizar cursos presenciais eu tomei a decisão de não liberar o meu curso de PNL online, porque eu acredito que para se desenvolver e crescer, é necessário um ambiente seguro e de interação humana, e a qualidade dos cursos para mim é a coisa mais importante.
E/SA: O seu Instituto está na região nordeste do Brasil, mas o volume de pessoas e até mesmo o volume de empresas é maior em outros locais. Você pensa em, futuramente, expandir para outras regiões?
FP: Uma das melhores coisas do meu trabalho é poder ter uma sede física em qualquer lugar do país e poder ministrar cursos em qualquer região. Na verdade uma empresa de formação não necessitaria de uma sede física, pois os cursos podem ser organizados em qualquer cidade, e no final vamos ser sinceros as salas de eventos nos hotéis são mais ou menos iguais em qualquer cidade do mundo.
Já em 2021 estamos programando cursos em diferentes capitais brasileiras, e eu voltarei a ministrar também alguns cursos na Europa.
E/SA: Atualmente ouvimos falar muito no “novo normal”, isso em diversas áreas, decorrente das mudanças que a Covid-19 provocou. Existe um “novo normal” no mercado de coaching?
FP: Existirá sim, também o Coaching passou a ser mais online que presencial, e para alcançar novos clientes hoje é necessário trabalhar muito mais pelas mídias sociais. Mas eu acho que esse “novo normal” vai existir só até o final da pandemia, depois voltaremos em uma nova modalidade ainda mais diferente do “novo normal” porque vamos poder finalmente refazer tudo que já existia um tempo mas com o aprendizado acumulado durante a pandemia, então eu acho que todos poderão se beneficiar com mais qualidade e flexibilidade.
Francesco Pellegatta – Contatos
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