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2022 off road – Mais um ano de desafios fora da rota

7 Mins read

Boas práticas e dicas de 3 agências que conseguiram repensar estrategicamente suas soluções e ainda dar e distribuir lucro em 2021

POR: NB Press Comunicação

É inegável que existem oportunidades nas crises e que algumas empresas conseguem enxergar diferentes caminhos, se destacando mesmo em um cenário de caos, como o que ainda passamos. A questão é que no mercado de Live Marketing isso tem sido mais constante do que deveria. E isso não é bom, pois a ausência de bons resultados coletivos enfraquece as agências, e agências frágeis representam um mercado frágil. Sem um mercado estruturado e forte, empresas, empresários e empresárias passam a lutar de forma isolada, perdendo tração para crescer, gerar empregos e evoluir de forma sustentável.

Por isso, o objetivo deste artigo foi bater um papo com as lideranças de agências que conseguiram navegar de forma positiva em 2021 para que experiências pudessem ser compartilhadas, e a partir delas saber o que fizeram e, principalmente, o que não fizeram para conseguir ressignificar seus negócios e, ao mesmo tempo, manter os produtos e serviços de seus clientes conectados ao público.

Compartilho, então, as dicas e sugestões de Claudia Lorenz (sócia fundadora da um.a), Igor

Tobias (managing director da MCI) e Paulo Farnese (sócio fundador da Eaí?!). As três agências são associadas à Ampro e atuam em todo o Brasil a partir de suas sedes em São Paulo. Além de apresentar resultados positivos, as três também reúnem em comum o fato de terem distribuído bônus aos colaboradores no ano passado e estarem, de forma responsável, recontratando profissionais em 2022.

E, como toda transformação que gera resultados começa de dentro para fora, pedi para as agências comentarem como foi engajar e liderar seus times em 2021:

“Para a Eaí?!, não existe Live marketing sem pessoas. É gente cuidando de gente em todas as pontas. E o segredo na Eaí?! Em toda sua trajetória, com foco especial nos últimos dois anos, é dar liberdade para time e parceiros trazerem ideias, sugestões e tendências que, através de metodologia adequada, são compartilhadas com toda a agência, sempre tendo o foco em proporcionar a melhor experiência de conteúdo entre marcas e pessoas.

Desse modo, garantimos a uniformidade do conhecimento e, por consequência, uma entrega com o selo de um dos nossos principais assets: excelência na execução”, informa Paulo Farnese.

Esse formato de trabalho fez da Eaí?! uma das mais premiadas agências do país em 2021, com quatro megafones de ouro do Prêmio Live, quatro jacarés de ouro do Prêmio Caio e uma prata no Ampro Globes Awards.

“Na um.a, desde o momento que tivemos consciência da gravidade deste cenário pandêmico, fizemos um pacto de alinhamento com os colaboradores. Definimos compartilhar semanalmente, com toda a equipe reunida, os desafios e as conquistas da agência. Escolhemos não resistir às mudanças, ao invés disso buscamos fazer parte ativa delas. Evidenciamos a importância de cada um, incluindo e ouvindo a todos. Entendíamos que, se não tínhamos o poder para mudar aquela situação de crise, tínhamos o dever de amortecer os impactos, evitar danos, principalmente para a equipe”, Revela Claudia Lorenz.

Para Igor Tobias, da MCI, todo esse processo de transformação foi inevitável e identificou três comportamentos nas pessoas. O “early adopter”, aquele que abraça e aprecia aprender coisas novas. O que nega, se revolta com a mudança e até joga contra. E uma maior fatia das pessoas, que têm algum nível de dificuldade, mas que com ajuda, estímulo e treinamento se adaptarão. Sua sugestão é investir nesse terceiro grupo estimulando-os a serem curiosos, criativos e, se possível, dar-lhes protagonismo.

Igor também acredita que os colaboradores da MCI estavam prontos para a transformação digital: “E isso se traduziu não apenas no formato de trabalho, mas também nas soluções que oferecemos para os clientes. Hoje a agência é mais leve, mais saudável, mais rentável e com um portfólio de soluções mais completo”.

Sobre as estratégias de fidelizar e atrair clientes e bons negócios, durante a crise, as agências entendem que:

Para a um.a, a criação de experiências online e humanas conseguiram manter os clientes conectados aos seus colaboradores e consumidores. “Para cada desafio de isolamento, apresentamos soluções off road de conexão. Com todo o mercado parado, cancelando ou adiando projetos, decidimos investir em tecnologia e criamos, em tempo recorde, uma plataforma de streaming própria. Se não era possível reunir os clientes nos grandes centros ou eventos, o caminho era levar as soluções de forma segura e atrativa até eles. Se o formato online corporativo não engajava, o entretenimento era a linguagem. Se o evento online tivesse restrições, mostrávamos que ele, de forma digital, poderia incluir mais gente. Ajudamos o cliente a entender que o jogo tinha mudado e o convidamos a enxergar o lado positivo da mudança”, completa Lorenz.

Em 2020 a Eaí?! agiu com extrema agilidade em entender que os eventos online seriam a única oportunidade de atravessar a crise com bons resultados, tornando-se uma das pioneiras do segmento em desenvolvimento de eventos online com uma plataforma proprietária. “Já em 2021, com a Smartlive (plataforma proprietária) solidificada no mercado, resgatamos mais uma vez nosso propósito de garantir, de ponta a ponta, a melhor experiência de conteúdo, tanto para nossos clientes quanto para o público de nossos clientes. O ponto de partida foi o aprimoramento das soluções e ferramentas, criando, com grande diferencial de inovação, o Metaverso interativo, com diversos conteúdos e estratégias gamificadas, já no início do ano. Com isso, focamos todos os esforços em buscar tendências e inovações sempre com cuidado na execução, tornando possível que os clientes incorporarem esse pilar de inovação com entrega impecável”, revela Paulo Farnese.

Para Igor Tobias, da MCI, “A primeira ficha que caiu foi lembrar do nosso propósito, que é fazer o que fazemos, porque, quando as pessoas se encontram, a mágica acontece e transformamos o mundo. Ou seja, nós simplesmente lembramos que os nossos clientes, com ou sem pandemia, continuavam existindo e que a dor deles não tinha mudado, ou seja, eles precisavam continuar ativando suas audiências, comunicando, conectando marcas e pessoas. A partir daí veio a ampliação das nossas soluções, com as quais podemos dizer que nos tornamos uma empresa que ativa audiências em multiplataformas. Acompanhados dessa mentalidade vieram também treinamentos, diversas conversas difíceis e algumas boas com clientes, renegociação de contratos, modelos de precificação, gestão descentralizada e muitas outras ações que fizeram parte dessa transformação”.

Para concluir, os responsáveis pelas operações de sucesso dessas agências deixaram suas contribuições de como podemos agir para fortalecer o mercado a partir do que fazemos isoladamente em nossas empresas.

Para MCI é preciso fazer escolhas (e algumas serão, sim, doloridas). Lembram-se dos tais relacionamentos tóxicos pelos quais todo mundo já passou? Pois é, no mundo corporativo também temos alguns. “Podem ser clientes, fornecedores e até colaboradores. Identifique-os e ‘rescinda o contrato’. Também é importante não esquecer do propósito. Às vezes entramos no modo automático e esquecemos o porquê de fazermos o que fazemos”, completa Igor.

A um.a acredita que é importante continuar apostando em gente diversa e tecnologia para desenvolver o mundo virtual e, assim, aumentar o portfólio de soluções para os clientes. É preciso garantir, cada vez mais, ambientes seguros de trabalho para que todos possam ser, de fato, quem são. Deixar as pessoas trabalharem em paz, focar no resultado do trabalho delas, e não no esforço, nas rotinas ou nas burocracias que as fazem gastar tempo e paciência. Por isso, o home office também veio para ficar.

Paulo Farnese, da Eaí?!, entende que, sem dúvida, é essencial direcionar os esforços para uma gestão humanizada e orientada para resultados, sem deixar de lado o cuidado com o clima e ambiente de trabalho — o que em tempos de home office é um grande desafio, pois ter o time distante dificulta a vivência dos valores da agência. Por isso, todo esforço para cuidar das pessoas é bem-vindo.

Os relatos acima nos alertam de que é vital pensar mais estrategicamente no negócio da agência. Sobreviver não é plano estratégico. Negócio tem que dar lucro, tem que desenvolver pessoas, tem que evoluir. Cuidar bem do seu negócio, defender e zelar pela saúde financeira de sua agência é um excelente sinal de que sua empresa está no caminho certo para ajudar de forma estratégica e alavancar os resultados dos seus clientes.

Por isso é preciso aprender a dizer não. Parar de bancar, previamente, com recursos próprios as operações ou os projetos dos clientes. E isso é muito amplo, pois as agências estão sempre bancando sozinhas os riscos. E fazem isso quando entram em concorrência com vários competidores, quando aumentam a infraestrutura ou contratam novos profissionais, antes mesmo de saber se vão ganhar o Job/BID. Quando praticam valores mínimos para sobreviverem ou quando aceitam receber em 90/120 dias sem negociação de taxas de financiamento. Definitivamente, em nosso mercado, tamanho não é mais sinônimo de força, temos que ser enxutos.

As três agências aqui entrevistadas também tiveram em comum uma redução superior a 50% de suas infraestruturas durante o período de travessia que todo o mercado passou. E, mesmo focadas em manter suas operações enxutas, planejam voltar a crescer e contratar novos colaboradores para atender à demanda de seus clientes em 2022. Sobre o faturamento, elas preferem não arriscar números, até mesmo porque as bases são outras. É outro mercado. Para essas agências, o que vai garantir bons resultados no final do dia é continuar enxutas, agir de forma colaborativa e sempre estar de olho nos bons clientes, aqueles que reconhecem o valor de suas agências. Para elas, os clientes que valem a pena são aqueles que entendem que um bom negócio precisa fazer bem para todo mundo.

Sobre a MCI

A MCI possui mais de 30 anos de experiência na construção de comunidades, através de equipes presentes em mais de 60 escritórios em 31 países. Disposta a transformar os desafios  em oportunidades e de forma estratégica. Atua como consultora e parceira, e já entregou mais de 5.500 campanhas e ativações para mais de 1.200 clientes ao longo dos anos.

Sobre Eaí!?

Em 5 anos, a Eaí!? trabalha para revolucionar. Nosso foco está em desenvolver ações que proporcionem o CONTENT EXPERIENCE, levando o target em uma jornada incomparável capaz de gerar histórias. Um formato que já alcançou milhões de pessoas através de eventos, campanhas de incentivo, ativações e promoções para algumas das maiores empresas do país como Whirlpool, BMG, Heineken, iFood, Alpargatas, Unilever e Raízen.

Sobre a um.a

Com mais de 26 anos, a um.a #DiversidadeCriativa está entre as mais estruturadas agências de live marketing do Brasil, especializada em eventos, incentivos e trade. Entre seus principais clientes estão Atento, B3, BMG, BMS, Carrefour, Corteva, Hering, Ifood, Intercement, KWS, Mapfre, SBT, Tigre, Pearson, entre outras. Ao longo de sua história, ganhou mais de 40 “jacarés” do Prêmio Caio, um dos mais importantes da área de eventos.

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