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Empreender

Segurança psicológica ainda é um dilema nos escritórios

4 Mins read

*Por Stephanie Crispino e Graziela Merlina

Nos últimos anos, o modelo de trabalho tem ganhado novas características, com uma sociedade mais conectada do que nunca. Porém, uma combinação de fatores fez, muitas vezes, nos distanciar da segurança psicológica. Nos últimos dois anos, por exemplo, trabalhar remotamente fez estremecer os laços de confiança e conexão, inclusive pela chegada de novos colaboradores às equipes. Mas isso não tem relação apenas com a pandemia.

Para se ter uma noção, paralelamente a este cenário, um estudo recente de Harvard descobriu que 61% dos funcionários sentem pressão para “cobrir” alguma faceta de sua identidade, ou seja, não conseguem desenvolver suas opiniões com transparência ou até mesmo demonstrar seu verdadeiro eu, dentro dos ambientes corporativos. 

Graziela Merlina

A raiz deste problemático cenário é a falta de segurança psicológica nas empresas. A preocupação incômoda de que não somos tão inteligentes, informados ou competentes quanto deveríamos ser, ou como os outros podem pensar. O medo de não sermos bons o suficiente, ou simplesmente insuficientes, pode causar uma quebra de expectativa para com a cultura de pertencimento colaborativo.

Sobre isso, a professora de Harvard, Dra. Amy Edmondson, define que a segurança psicológica age como “um senso de confiança de que a equipe não vai envergonhar, rejeitar ou punir alguém por se manifestar genuinamente”. No entanto, o que se vê na prática, em boa parte das empresas, ainda é uma cultura de “coerção e imposição” em vigor, que faz com que uma grande parcela dos funcionários se sinta culpados, pressionados e por vezes, influenciados negativamente a aderir a um certo padrão de comportamento. 

Para tal, uma cultura que tenha por base o pertencimento permite que os funcionários se envolvam, se identifiquem com suas respectivas empresas, incorporando seus valores e propósitos. Isso passa pelo fato deles (colaboradores) poderem se expressar sem medo de fracasso ou retaliação, ajudando a criar um ecossistema diversificado, que corresponda a diferentes individualidades que se somam e agregam ao coletivo.

Recentemente, a Tribo tem trazido esta temática tão urgente no mundo organizacional para o seu universo de jogos corporativos. O jogo do Protagonismo criado pelo Instituto Emana, parceiro da Tribo, proporciona uma experiência na qual as pessoas são levadas a entrar em contato com seus elos motivadores, suas desculpas verdadeiras e crenças limitantes; gerando consciência e compromisso tanto individual quanto coletivo na jornada protagonista do desenvolvimento como pessoas e time. 

A cada fase, adentra-se numa jornada heróica em que se apresenta cara a cara os medos e preocupações de cada participante, e,assim, desafios inéditos aparecem ao vivo, transformando toda a percepção ao redor.

Nessa parceria, o Instituto Emana e a Tribo trouxeram os setes elementos que sustentam um ambiente de segurança psicológica para o tabuleiro. Com fases que permitem adentrar na principal dor ou oportunidade do time dentro do tema, as pessoas entendem o seu próprio papel protagonista ao coconstruir esse ambiente que integra tanto uma alta segurança psicológica quanto uma alta performance.

Stephanie Crispino

A falta de segurança psicológica não é uma falha, nem um impulso. É um subproduto de uma cultura no local de trabalho em que os relacionamentos são meramente transacionais. “Segurança psicológica sem alta performance não é saudável para o negócio e nem para as pessoas prendendo-as na zona de conforto, o inverso gera ansiedade e pode trazer resultados, porém que não se sustentam. Por isso, trabalhar essas duas frentes de maneira alinhada garante a sustentabilidade do negócio a partir da aprendizagem individual e organizacional.

A resposta para isso passa por estabelecer limites melhores, porém não para por aí. Pedir ajuda, acolher a diversidade, encarar e lidar com os erros e problemas são alguns dos fatores que irão impulsionar esse ambiente de segurança psicológica que será um terreno ainda mais fértil para crescer os resultados.

Artigo de:

Graziela Merlina, conselheira do Instituto Capitalismo Consciente Brasil – Graziela é co-autora do livro “Fundamentos do Capitalismo Consciente”. Empreendedora inquieta e apaixonada por educação, é fundadora da APOENA, líder da operação Brasil do FreshBiz Game e Team Coach, com vivências diversificadas em desenvolvimento de equipes e negócios. Mestre em Comportamento Organizacional e graduada em Engenharia de Produção, ocupou cargos de liderança em organizações multinacionais na área de Supply Chain e Operações. 

Stephanie Crispino – CEO da Tribo – Stephanie é uma das lideranças femininas do Grupo Anga, atuando como CEO da Tribo, consultoria que busca evoluir a forma de se fazer negócios para, assim, evoluir a sociedade. Acredita em negócios conscientes orientados a impacto e, por isso, é, também, embaixadora e professora no Instituto do Capitalismo Consciente no Brasil. Formada em Administração de Empresas pela FGV, professora no MBA de Gestão Exponencial da Xpeed e no curso Decodificando a Cultura da Future DOJO. Top 10 do Prêmio Líder que sabe lidar organizado pela Vitalk. Foi speaker no TEDxLaçador palestrando sobre Culturas Humanizadas e no TEDxUFOP se aprofundando nos seus valores de Amor e Verdade.

Sobre a Tribo

A Tribo é uma consultoria em cultura e desenvolvimento humano, apoiando na transformação do seu negócio através dos desafios das pessoas. Atua por meio de Desenvolvimento de Lideranças e Times, Experiências de Cultura, Jogos Organizacionais e Diversidade, Equidade e Inclusão. A Tribo aposta na evolução da forma de se fazer negócios para evolução da sociedade. Com 6 anos de existência, centenas de organizações clientes e milhares de colaboradores impactados pelos projetos, a empresa faz parte do Grupo Anga, holding que desenvolve e investe em negócios lucrativos orientados à geração de impacto socioambiental positivo.

POR: Máindi

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