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Economia Circular: do incentivo público ao privado

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Mais do que um incentivo à melhoria da indústria da construção civil, o investimento em ESG (sustentabilidade ambiental, social e de governança corporativa) gera um entendimento de que a gestão dos impactos e riscos da sustentabilidade traz mais estabilidade e segurança para as empresas do que custo. Em termos de resíduos da operação e das embalagens, estima-se que a construção civil seja responsável por 54% dos resíduos globais. A boa notícia é que há um movimento em busca de repensar a circularidade dessa indústria, liderado por três grandes vertentes.

A primeira abrange a onda do ESG e as discussões globais a respeito de incentivos governamentais e financeiros em cima do tema, a segunda está relacionada à economia circular sob o prisma da inovação, por meio da identificação e incubação de negócios que apoiem gaps dentro da cadeia. Neste sentido, um exemplo vem da Chatuba, marca de materiais de construção, que está lançando o programa “Chatuba Mais Recicla”, que integra a iniciativa da Suvinil, o Suvinil Circula.

O projeto promove o descarte adequado de embalagens vazias ou com sobras de tinta, independentemente da marca. Clientes cadastrados no programa de benefícios “Chatuba Mais” que participarem do descarte poderão usufruir de descontos progressivos na compra de novas latas de tinta.

“Esta é a primeira ação significativa que realizamos com foco em sustentabilidade, e nosso objetivo é sensibilizar tanto nossos clientes quanto colaboradores sobre a importância do descarte correto e a preservação do meio ambiente”, afirma Dalva Sousa, Diretora Presidente da Chatuba.

É aí que entra a terceira vertente: um usuário final consciente dos produtos e seus usos, de modo a minimizar o impacto ambiental e possíveis danos para a saúde. A Chatuba é a primeira marca de home center no Brasil a implementar um projeto desse tipo.

Impacto da Economia Circular

No último dia 27 de julho, o Brasil passou a contar com a Estratégia Nacional de Economia Circular (Enec), um decreto que mira a promoção da transição do chamado modelo de produção linear para uma economia circular. Na prática, implica o incentivo ao uso eficiente de recursos naturais e práticas sustentáveis ao longo da cadeia produtiva.

O relatório mais recente da Coalizão Empresarial para a América Latina e Caribe mostra que na América Latina e no Caribe, por exemplo, são geradas 541 mil toneladas de lixo por dia. A projeção é que esse número aumente em 25% até 2050, com base no atual modelo econômico. A região contribui com cerca de 10% das emissões globais de Gases de Efeito Estufa (GEE) e tem registrado um declínio de 94% em sua biodiversidade, um número muito maior do que em qualquer outra região observada no mundo desde 1975.

Embora grande parte dos esforços da luta climática ainda esteja em torno da transição energética, ela só fará frente a 55% das emissões. Os outros 45%, essenciais para o cumprimento do Acordo de Paris, somente serão resolvidos com a transição para uma economia circular. O modelo produtivo atual é caracterizado por desperdício, com ações consideradas, ainda, poluentes e prejudiciais aos sistemas naturais – a economia circular existe justamente para romper esse ciclo.

Do lançamento da Suvinil Circula em 2022 a junho de 2024, os resultados do programa demonstram que: mais de 50 toneladas de resíduos foram coletadas; mais de 28 mil kg reciclados; mais de 18 mil kg em coprocessamento; mais de 14 mil litros de redução no consumo de água, mais de 195 mil kg redução na emissão de Co2 e mais de 6,8 mil kwh redução no consumo de energia elétrica.

“O Suvinil Circula une os dois maiores propósitos da Suvinil como marca: facilitação da jornada de pintura e sustentabilidade. Com ele, conseguimos atuar ainda mais conectados ao consumidor e ao pós-consumo. Estamos felizes de junto à Chatuba trazer essa iniciativa para o Rio de Janeiro. Acreditamos que parcerias como essas servem de exemplo e ajudam a impulsionar o setor em prol da sustentabilidade”, Andrea Mitsiko, gerente de sustentabilidade da Suvinil.

Quatro lojas físicas da Chatuba — Nilópolis, Nova Iguaçu, Tijuca e Dutra — serão as lojas piloto para que posteriormente todas sejam pontos de coleta dessa iniciativa. Segundo Dalva Sousa, a escolha das lojas para o projeto foi estratégica, considerando aquelas com maior volume de vendas de tintas, visando maximizar o impacto da ação. Com isso, a Chatuba espera não apenas reduzir resíduos, mas também promover a conscientização ambiental entre seus clientes.

“A iniciativa “Chatuba Mais Recicla” é mais um passo na direção de fortalecer a responsabilidade socioambiental da empresa. A marca planeja expandir o programa para todas as suas lojas e explorar parcerias com outras indústrias para incluir novos materiais”, completou Dalva. 

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