POR: Cláudia Rozembrá – Press a Porter
Um dos destinos mais populares do mundo, os parques temáticos de Orlando são o sonho de famílias que querem desfrutar de dias de muita diversão. Encontrar Mickey e Minnie, se esbaldar em montanhas russas, aproveitar a companhia dos filhos. Muitas famílias se programam para isso com meses de antecedência. Mas, para que a viagem seja realmente inesquecível, é preciso ter um eficiente planejamento financeiro.
A primeira providência é planejar a viagem com antecedência. Como os pacotes e passagens aéreas podem ser adquiridos com antecedência, o ideal é que comece a se pensar nas férias pelo menos um ano antes. Quanto mais longe da viagem, melhores os preços de estadia e hospedagem. Nas agências de viagens brasileiras, o câmbio é fechado na data da reserva e é possível parcelar, em alguns casos, em até 10 ou 12 vezes, em reais. Com isso se evita, além de alta dos preços de bilhete aéreo e hospedagem, possível oscilação do dólar ao longo do ano.
Quando se faz a reserva um ano antes, é possível embarcar com a família tendo quitado a maior parte da viagem. E isso é um alívio. Mas, para a economia continuar valendo a pena, é preciso também ficar de olho em dois pontos específicos: como pretende levar dólares para gastos extras, como alimentação; e o que fazer se tiver algum imprevisto, como acidente ou doença durante a viagem.
Dólares no bolso: O primeiro passo é garantir uma reserva em dólares adequada ao padrão de despesas da sua família e à quantidade de compras que gostariam de fazer. Há basicamente três formas de utilizar moeda estrangeira no exterior: em espécie (dinheiro), cartão pré-pago ou cartão de crédito internacional.
Dinheiro em espécie: é sempre bom ter uma quantidade razoável de dólares em espécie no bolso. Algo como 50% do total de gastos planejados. Embora existam formas de sacar dinheiro eletronicamente, há sempre aquele momento em que você precisa do dinheiro justamente em um local em que não há um ATM (autoatendimento) ou pode aproveitar uma oportunidade de compra por pagar em dinheiro. A compra de dólar em espécie requer alguns cuidados. O primeiro deles é recorrer a um banco ou casa de câmbio confiáveis, que garantirão que o dinheiro foi testado (é, infelizmente há muito dólar falso no mercado). Mas então por que não levar tudo em espécie? Pois como qualquer item físico, o dinheiro pode ser perdido ou roubado ao longo da viagem.
Cartões pré-pagos: são parecidos com cartões de crédito, mas abastecidos com moedas estrangeiras. Após a aquisição do cartão magnético, o cliente o abastece com um saldo determinado, já indicando a moeda (ou moedas) que pretende utilizar, e pode fazer compras ou saques no exterior.
“A primeira vantagem em relação a recursos em espécie é a segurança: se o cartão for perdido ou furtado, a própria bandeira irá se encarregar de fazer chegar um novo cartão às mãos do cliente, onde quer que ele esteja”, explica o diretor de câmbio turismo do Banco Daycoval, Eduardo Campos.
“Com um cartão pré-pago também fica mais fácil limitar o valor das despesas ao total carregado e a família pode estabelecer um limite diário”, completa.
Cartão de crédito internacional: se você é portador de um cartão de crédito internacional, não deixe de levá-lo para a viagem, especialmente para utilizar em emergências. Mas dê preferência à utilização do pré-pago.
“Em primeiro lugar há o efeito psicológico. Com um cartão pré-pago, a tendência é que as famílias controlem as despesas diariamente, para caber no valor carregado. Já o cartão de crédito tradicional funciona como um dinheiro invisível. Você vai gastando, gastando e, quando volta ao Brasil pode descobrir que a fatura se transformou em um pesadelo” orienta Campos.
Há ainda outra questão: atualmente o câmbio é fechado no dia do fechamento da fatura. Ou seja: se ao voltar de viagem você tiver que pagar a fatura em um período em que o dólar está em alta, acabará pagando mais caro. Em março de 2020, por determinação do Banco Central, esta regra vai mudar: o câmbio será o equivalente ao da data da compra, o que permitirá saber de antemão o valor da despesa.
Atenção: todas as modalidades de compra de moeda estrangeira pagam o chamado Imposto sobre Operações Financeiras, que é igual no cartão pré-pago ou de crédito (6,38 %) e menor na compra de dólar em espécie (1,10%).
Seguro viagem:
O segundo ponto é contratar um seguro viagem. Muita gente não faz, achando que este é um produto caro, o que não é verdade. Quem já passou pela desventura de ter que utilizar um hospital no exterior e arcar com a conta sabe que é um produto indispensável, que tem um ótimo custo-benefício.
O seguro viagem cobre não apenas despesas médicas e odontológicas (de acordo com a categoria contratada), como extravio de bagagem, cancelamento da viagem por imprevistos ou até prorrogação de estadia. O custo do Plano Internacional, ideal para uma viagem como a para a Disney, é de menos do que 5 dólares por dia, por segurado. Mas a garantia para a cobertura de despesas médicas, por exemplo, pode chegar a 50 mil dólares (ou seja: dez mil vezes mais!).