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Economia S/A

A saída de Sergio Moro e a manipulação do governo. Pode ser o fim do país?

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Por Daniel Toledo

Estamos vivendo um momento que demanda muita reflexão e que é preciso
ponderar tudo o que está acontecendo nos cenários políticos e
econômicos atuais. A ideia deste artigo é provocar uma reflexão, e
não necessariamente assumir um determinado lado, até porque ainda há
muito o que acontecer e precisamos estar com o pé no chão, e não
viver de expectativas, como o brasileiro vive, principalmente um
determinado grupo, que vive por um fanatismo, causando um verdadeiro
atraso ao país.

E parte desse comportamento começou a se formar já na época das
eleições. Entretanto, acredito sim que o presidente Jair Bolsonaro
veio para fazer a mudança que a nação precisa, mesmo que forçando as
coisas um pouco. O Brasil é um país dos direitos e não das
obrigações, algo que todo o brasileiro deve ter. Por esses motivos,
talvez todas as ações do governo sejam encaradas como uma forma de
radicalismo, mas sem rigidez, nada vai acontecer, até mesmo as
mudanças que essa população tanto necessita. E, ainda, soma-se isso o
eterno jogo de quem é contra e a favor no congresso, impedindo que
projetos e ações sociais sejam aprovadas. Temos então a “troca de
moedas” senão, nada acontece. E quando alguém tenta quebrar esse
ciclo, cria-se uma antipatia muito grande.

Quero deixar claro que o pais não precisa de um regime militar, algo
que não sou a favor, mas sim, caberia dizer uma ” batuta” um pouquinho
mais puxada, para equilibrar as reformas que precisam ser feitas, acabar
com a corrupção, ajustar o que precisa ser feito e, principalmente,
olhar para as empresas que estão fechando, e que irão gerar um alto
índice de emprego.

O fanatismo e a bipolaridade que tomam conta do país, desde a disputa
presidencial, são motivos de brigas e rótulos, e não como sendo algo
que deva ser discutido em uma roda de amigos. Pelo contrário, pessoas
não se falam mais e familiares se afastam, por conta de um
posicionamento político, sendo que nem Bolsonaro, Dilma, Ciro, Amoedo..
sabem da existência desses, ou seja, muita incoerência. Por isso,
acredito que qualquer idolatria nesse sentido reflete a falta de um
autoquestionamento ou até mesmo a ausência da capacidade de questionar
certos fatos e analisar a realidade.

Boa parte colocou muita expectativa em cima do governo Bolsonaro, e
principalmente, da figura emblemática do Juiz Sérgio Moro e, depois de
um certo tempo, tudo começou a conspirar ali dentro. Tivemos a Joice, o
pessoal da Kim, e os demais que foram se afastando, brigando, dividindo
poder e opinião.

Em relação ao Moro, tenho uma certa preocupação, porque ele teve uma
atitude antiética quando decidiu publicar conversas entre ele e a
deputada, ao qual foi padrinho de casamento, e dele com o presidente da
república.

A deputada Carla Zambelli, que foi exposta em um dos prints, fez uma
live mostrando toda a conversa que teve com o ex-ministro, em que tudo
foi abordado de outra forma.

Posso me colocar nesse lugar, pois já aconteceu comigo. Uma pessoa já
teve uma conversa comigo sobre determinado assunto, tirou um print de
algo simples e criou uma nova narrativa baseada em duas frases. Por
conta da experiência, me questionei algumas coisas. Por que Sérgio
Moro fez isso? Por que ele apresentou para a Globo? E por que apenas
trechos dessas conversas?

Um ministro não está acima de um presidente, porém existem algumas
determinações constitucionais que estabelecem certos assuntos
relacionados a poderes. Acredito que referente a essa questão ocorreram
algumas confusões relacionadas às delimitações desses poderes.

Eu cresci ouvindo o meu pai dizendo quem pode mais, pode menos, dentro
de uma empresa. Se você é o dono, e contrata um faxineiro, pode
demiti-lo a qualquer momento e inclusive pode também fazer o trabalho
dele, senão, temos apenas a figura de um chefe e não um líder. Todas
as pessoas que trabalham comigo, sabem que a minha posição sempre foi
essa. Da mesma forma que eu sei gerenciar, tenho que saber como resolver
os problemas do dia a dia que aquele colaborador solucionava.  E fiz
isso várias vezes.  Além de administrar e saber lidar com os vários
tipos de personalidades, diferenças e talentos.

E esse é o caso do presidente da república. Ele não precisa entender
de saúde, economia ou justiça. É preciso saber contemporizar pessoas
com honestidade e rigor.

Quando o ministro Moro saiu e publicou as mensagens, ele cometeu alguns
crimes, e por isso a PGR pediu autorização para investigar o que
houve, principalmente em relação a fala do ministro. A partir do
momento que ele decidiu expor essas conversa, cometeu crimes, assim como
ele acusou o presidente de cometer crimes também.  Muitos criticaram a
PGR, mas estão certos, até porque se o procurador geral não tivesse
tal atitude, ele mesmo estaria incorrendo em um crime.  Tudo precisa, e
deve, ser apurado.

Depois, houve a suspenção da posse do Alexandre Ramagem, um delegado
de carreira, para assumir a diretoria geral da Policia Federal, feita
através do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal
(STF), que na minha opinião, não tinha bagagem para assumir o cargo
que ocupa.  Sim, havia muita interferência na Policia Federal, e até
mesmo era preciso trocar.

Com relação ao presidente Bolsonaro, não acredito que vá ocorrer
outro impeachment, porque quem está como relator, com o pedido de
investigação, da PGR é o ministro Melo, que sai no final do ano.
Soma-se a isso ao período da pandemia. Digamos que ele volte em julho,
terá somente quatro meses para definir essa situação e o próximo
ministro, inclusive indicado pelo Bolsonaro, quem irá decidir então
existe uma grande chance de isso não ocorrer, por mais que o Sérgio
Moro seja culpado ou até mesmo que o próprio presidente seja culpado.

Os pedidos, já protocolados, estão na mão de Rodrigo Maia, que está
em uma situação delicadíssima, pior que a do presidente. Mesmo que
ele aceite o pedido de impeachment, vai para votação, mas Bolsonaro
tem a maior no congresso, então isso não vai acontecer. Por isso, o
pedido de destituição não ocorrerá tão facilmente. Se isso
acontecer, teremos um general na presidência e aí sim existe uma
probabilidade de os militares assumirem, mesmo que o Mourão, como
gestor, tenha muito mais pulso.

A oposição, percebendo o enfraquecimento da estrutura governamental,
vai fazer o possível para tirar o presidente do poder. Não sei se o
Brasil aguentaria um 2º impeachment consecutivo, se há fôlego
financeiro ou emocional para passar por essa situação. Mas tenho
certeza que os empresários já estão sentindo esses efeitos na pele,
acredito que vá haver uma grande evasão de empresas no Brasil, em
especial as multinacionais e, consequentemente, uma taxa maior de
desemprego e salários mais baixos, refletindo diretamente na economia.

Não acreditem em notícias de internet, esqueçam as fake News. Isso me
lembra a história do Adelio Bispo e os perfis falsos, mas há muito
mais por trás disto. E a Joice está indo pelo mesmo caminho, deixando
um rastro de post e publicações falsas. E uma sujeira sem fim, que
não só trai o Bolsonaro, como a nação toda, porque está manipulando
informação.

O Brasil não precisa de pessoas bitoladas e fanáticos. O país precisa
de pessoas que pensam, e que podem tomar suas próprias decisões.

 

 

Daniel Toledo a-saida-de-sergio-moro-e-a-manipulacao-do-governo-pode-ser-o-fim-do-pais

DANIEL TOLEDO é advogado da Toledo e Advogados Associados
especializado em direito internacional, consultor de negócios
internacionais e palestrante. Para mais informações, acesse:
http://www.toledoeassociados.com.br ou entre em contato por e-mail
daniel@toledoeassociados.com.br. Toledo também possui um canal no
YouTube com mais de 64 mil seguidores
https://www.youtube.com/danieltoledoeassociados com dicas para quem
deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente.

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