Por Mauricio Salvador, Presidente da ABComm*
São apenas alguns dias, mas com potencial de aumentar de forma exponencial as vendas do comércio eletrônico. A Black Friday está presente no mercado brasileiro há mais de uma década e, finalmente, atingiu um estágio de maturidade com o avanço da transformação digital. É inviável pensar em estratégia no e-commerce sem levar em conta a preparação para a data mais importante desse segmento. A questão é que essa maior familiaridade com o tema não significa que o planejamento da operação ficou mais fácil para os varejistas. Pelo contrário, segue como um desafio e tanto. Confira as principais perguntas e respostas para entender como trabalhar esse período.
1 – Quais categorias devem ter mais vendas na Black Friday em 2021?
As categorias “informática”, “celulares”, “eletrônicos”, “moda e acessórios” e “casa e decoração” devem ficar em alta no período.
2 – Como conciliar a Black Friday no e-commerce e na loja física?
A integração entre os canais de vendas é uma estratégia mais comum em um cenário de aceleração digital provocada pela pandemia de covid-19. Para alcançar bons resultados, é necessário ter foco no atendimento ao cliente, procurando sanar dúvidas e questionamentos. Operar com transparência e atentar-se ao setor logístico para garantir entregas dentro do prazo.
3 – Como trabalhar os preços sem prejudicar as finanças da empresa?
Deve-se fazer um estudo detalhado da margem de lucro dos produtos que vão ter descontos para que o resultado financeiro não seja negativo mesmo com aumento no número de pedidos. Os itens com maior desconto devem ser os de curva C e D na gestão do estoque, ou seja, itens que representam grande parte do portfólio, mas que não impactam tanto no faturamento. Além disso, deve-se negociar com as transportadoras que atendam à loja virtual para que os prazos de entrega sejam cumpridos e não resultem em multas futuras.
4 – Como preparar o estoque e alinhar as vendas com a loja física?
A gestão do estoque é parte fundamental na estratégia de qualquer negócio durante a Black Friday, principalmente para as empresas que também atuam com lojas físicas. Assim, para que o armazenamento de produtos do e-commerce esteja alinhado com os demais canais, é fundamental ter um ERP (software de gestão) que “enxergue” e gerencie tudo. Isso pode ser feito diretamente no sistema ou por meio de APIs que integram as diferentes ferramentas e atualizam o estoque a cada movimentação de entrada e saída de pedidos.
5 – Qual a melhor forma de fazer a divulgação na Black Friday?
Uma das vantagens do comércio eletrônico é a diversidade de opções para atrair clientes pela internet. Campanhas pagas nas redes sociais, anúncios em buscadores, campanhas de e-mail marketing, conteúdo em plataformas, anúncios em aplicativos mobile são algumas das opções. Quem tiver loja física pode coletar dados de contato, como e-mail e WhatsApp, para enviar ofertas com antecedência e, assim, criar seu próprio banco para outras ações de marketing.
6 – Qual o prazo para trabalhar com a Black Friday?
Há pouco tempo, era comum o lojista trabalhar apenas a sexta-feira específica da Black Friday ou, no máximo, esticar o período de promoções até o fim de semana. Entretanto, uma das principais tendências aguardadas para 2021 é a opção de estender mais a data, diluindo a quantidade de pedidos e possibilitando trabalhar melhor a operação e a logística.
*Mauricio Salvador e presidente da ABComm, associação que fomenta o e-commerce com conhecimentos relevantes e auxilia na criação de políticas públicas para o setor – e-mail: abcomm@nbpress.com
Sobre ABComm
A Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) surgiu para fomentar o e-commerce com conhecimentos relevantes e auxiliar na criação de políticas públicas para o setor. A associação reúne representantes de lojas virtuais e prestadores de serviços nas áreas de tecnologia, mídia e meios de pagamento, atuando frente às instituições governamentais, em prol da evolução do mercado. A entidade sem fins lucrativos é presidida por Mauricio Salvador e conta com diretorias específicas criadas para aprofundar discussões, entre elas: Omnichannel; Relações Governamentais; Mídias Digitais; Relações Internacionais; Meios de Pagamento; Capacitação; Desenvolvimento Tecnológico; Empreendedorismo e Startups; Jurídica; Métricas e Inteligência de Mercado; Crimes Eletrônicos; e Marketing. Para mais informações, acesse: www.abcomm.org