VP Growth da MATH, Marcel Ghiraldini explica o que as marcas precisam saber e como podem entrar neste ambiente virtual imersivo
POR: PINEPR
Há meses uma palavra ganhou as páginas dos jornais e portais, mesas de podcast e as mais variadas rodas de conversa: metaverso. Mas, afinal, o que é e porque as marcas devem estar atentas a essa buzzword?
O ponto de partida é simples: unir os mundos real e virtual. O metaverso traz um ambiente virtual imersivo, coletivo e hiper-realista, onde as pessoas podem conviver usando avatares customizados em 3D. Mas vai além: na privacidade, o metaverso pode ser baseado em blockchain, tornando-se mais seguro; no poder computacional, os sistemas podem ser baseados em nuvem; e na usabilidade, podem existir diversos metaversos de várias empresas e desenvolvedores, dando espaço à personalização e tirando o poder (e monopólio) de grandes instituições.
Este cenário, inclusive, nos transporta para universos cinematográficos, como o filme Matrix ou então para os jogos que foram febre nos anos 2000, como The Sims e Second Life.
E o marketing, onde entra?
Para Marcel Ghiraldini, VP Growth da MATH, holding de empresas que melhoram as relações entre marcas e pessoas, é possível adequar a realidade para que as vendas, através do marketing, aumentem. “O case do Ifood no metaverso é genial. Eles implantaram em um jogo alguns entregadores e possibilitaram ao gamer conquistar cupons de desconto para atrair as pessoas para o ambiente real. Porém, pelo alto valor das ações, ainda não se sabe como é o retorno de branding, porque ainda há poucas pessoas por lá”, pontua o empreendedor.
Sem contar que cada ambiente tem sua própria regra e isso pode afetar diretamente as ações de marketing.
Marcas como Adidas, Gucci e Zara têm criado coleções de roupas que só existem na internet e só podem ser usadas por avatares. Ao mesmo tempo, itens como iates virtuais têm sido vendidos por milhões de reais e terrenos digitais batem recordes o tempo todo, movimentando centenas de milhões de dólares. Um exemplo que está em alta no momento são as NFTs, sigla em inglês para non-fungible token, que são ativos digitais (tokens) que não podem ser copiados ou repetidos, gerando uma exclusividade nas imagens e servindo como investimento, visto que elas se valorizam com o passar do tempo.
O jogador de futebol, Neymar, adquiriu a obra da coleção Bored Ape Yacht Club e é o único detentor do trabalho autêntico do autor, podendo vender a obra nos próximos anos, por um valor maior do que gastou, cerca de R$ 6 milhões. Além da experiência virtual, suas NFTs servem como uma espécie de como um cartão de membro do Yacht Club, dando acesso a benefícios exclusivos.
“Ainda é difícil dizer se o metaverso é uma tendência de curto ou longo prazo. Por enquanto, não temos dados suficientes que confirmem a força dessa tendência, então, se não temos uma certeza, não podemos garantir resultados”, explica Marcel Ghiraldini.
Público e desconexão
O que acontece com o metaverso caso ocorra uma desconexão? Assim como não foi previsto viver uma pandemia, não é aconselhável apostar todas fichas no ambiente virtual, por causa do fator surpresa. “Precisamos saber o que leva as pessoas a emergirem nessa tecnologia e entender o público presente nela. Dessa forma, é possível desmistificar o que há por lá e, só assim, criar ações de marketing que deem resultados em vendas”, explica o VP Growth da MATH.
De acordo com o executivo, a atuação no metaverso deve ser em busca de alcance de frequência de contato com os usuários. “Por mais que esse ambiente afete o relacionamento entre as pessoas, por causa da falta de expressão facial, é preciso traçar uma estratégia como fazemos na vida real: se a ação de marketing é criada para uma mídia paga, é preciso estudar a plataforma e ditar caminhos compatíveis com seus objetivos e negócios”, afirma.
Sobre a MATH:
MATH é a união das marcas: MATH MKT, MATH ADS, MATH CRM e MATH TECH. Todas as unidades estão a serviço das relações entre marcas e pessoas com o intuito de oferecer resultados melhores e mais rápidos por meio das ciências exatas. A holding combina experiência, equipe, tecnologia e processos testados em mais de 200 marcas e impacta milhões de pessoas em 20 países para decodificar desafios. Dessa forma, otimiza a estrutura de dados das empresas, ativos e mídias digitais e ciclos de marketing e vendas para acelerar o crescimento. Mais informações na página da MATH.