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Tecnologia

Reconhecimento facial em estádios: entenda a segurança por trás de seus dados

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A partir de junho de 2025 estádios com mais de 20 mil lugares serão obrigados a implantarem o sistema.

A evolução tecnológica tem desempenhado um papel fundamental em diversas áreas da sociedade e o setor esportivo não fica para trás. Nos últimos anos, a implementação de sistemas de segurança e conforto para os espectadores ganhou destaque, e a biometria facial emerge como uma solução inovadora. 

A aprovação da Lei Geral do Esporte (Lei nº 14.597/2023 – LGE) sancionada em 15 de junho de 2023, estabelece a obrigatoriedade da adoção de biometria por reconhecimento facial em estádios com capacidade acima de 20 mil pessoas até junho de 2025, impulsionando consideravelmente esse mercado.

A crescente importância da biometria facial em estádios esportivos

O mercado de biometria facial no segmento esportivo tem experimentado um crescimento significativo, principalmente por conta de uma busca contínua por medidas de segurança mais avançadas e uma experiência do espectador aprimorada. 

A biometria facial ajuda a agilizar a entrada dos torcedores que acessam em até 3 segundos, elimina o cambismo, já que somente com o reconhecimento é possível acessar, além de auxiliar na segurança. O uso da biometria com o programa da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), em parceria com o Palmeiras, por exemplo, resultou na prisão de 80 pessoas em partidas disputadas no local. Inclusive, recentemente, um homem, integrante de uma facção criminosa da Bahia, foi preso na partida entre o alviverde e o Bahia por conta do sistema de biometria facial. 

A parceria funciona assim: o Verdão compartilha os dados de quem compra ingresso com a Secretaria, com isso, o órgão analisa as informações e devolve para o clube uma lista com os nomes de todas as pessoas que contam com algum tipo de pendência com a Justica ou até mesmo desaparecidas. Ou seja, os eventos que muitas vezes eram vistos como locais de tensão podem começar a mudar esse cenário.

LGPD

Com a adoção da nova tecnologia é natural que haja dúvida e receio das pessoas referente ao uso de suas imagens para que possam adentrar o estádio. “No caso específico da Bepass, ela não guarda imagens das pessoas, mas sim um vetor, ou seja, o algoritmo de reconhecimento facial transforma a imagem em um template biometrico. O algoritmo da empresa consegue transformar a foto em um vetor e somente quem tem o algoritmo consegue transformar a foto em imagem de novo. Mesmo que haja um vazamento de dados, ninguém consegue ter acesso a fotos, por exemplo”, comenta Ricardo Cadar, fundador da empresa, que cuida do sistema no Allianz Parque (Palmeiras), Maracanã (Flamengo e Fluminense), Nilton Santos (Botafogo), Vila Belmiro (Santos), Arena das Dunas (América de Natal) e Arena MRV (Atlético MG). 

Outra questão importante que gera questionamentos seria sobre erros e o chamado falso positivo. Vale ressaltar que o reconhecimento facial utilizado nos estádios é diferente daquele aplicado na segurança pública, que é proibido, por exemplo, na União Europeia por conta de equívocos, que podem ocorrer quando a pessoa não está bem posicionada, em situações de pouca iluminação ou em angulos desfavoráveis como falando ao celular. A tecnologia empregada em estádios, no entanto, é mais precisa e eficiente, pois é voltada para a validação e identificação das pessoas que acessam o local, além disso, elas permitem o uso da face para fins de acesso, algo diferente da segurança público. Nesse caso, elas posicionam o rosto e assim minimizam as chances de falhas, proporcionando um ambiente seguro para os torcedores.

Então…

O Ministério Justiça e Segurança Pública assinou, em setembro de 2023, o projeto Estádio Seguro, uma parceria com a CBF (Confederação Brasileira de Futebol), para monitoramento e cruzamento de dados dos torcedores que frequentam estádios e arenas do país afim de aumentar a segurança nesses locais. Clubes como Palmeiras e Flamengo participam desse acordo, no entanto, vale destacar que a participação de clubes ou dos governsos que administram esses locais não será obrigatória. 

Com a rápida adoção dessas soluções, não apenas reforça a importância da segurança e comodidade dos torcedores, mostra que o cenário esportivo está caminhando para uma era onde a tecnologia e o entretenimento se entrelaçam de maneira inovadora e benéfica para todos os envolvidos.

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