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Sachin Chaturvedi diz que futuro da cooperação dos BRICS está na consolidação de propostas comuns que mostrem sua importância para o mundo

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Durante o Foro Inteligência, o professor indiano defendeu que bloco trabalhe coletivamente e crie suas próprias instituições, em vez de copiar modelos

POR: INSIGHTNET

O professor Sachin Chaturvedi, diretor do Research and Information System for Developing Countries (RIS), um think tank com sede em Nova Deli, debateu na manhã de hoje (11/8), durante o Foro Inteligência, o futuro da cooperação dos BRICS. Segundo ele, a consolidação de propostas em torno de temas decisivos para o desenvolvimento das economias do bloco é fundamental para que haja maior coesão entre os países. Pandemia, desigualdade na vacinação, governança global, reforma bancária, saúde única e questões ambientais e sociais são alguns desses temas que, se tratados de forma coesa e participativa, podem e devem definir a importância dos BRICS para o mundo.

Durante o debate, Chaturvedi enfatizou que os BRICS estão se tornando um grupo mais estável. Ele apontou áreas nas quais os países podem contribuir para a estabilidade mundial, como a de meio ambiente. “No cenário pós-pandêmico, o bloco deve ter um olhar mais direcionado à questão das mudanças climáticas, com soluções criativas e globais para esses e outros problemas desafiadores”, afirma. Embora, na sua visão, os BRICS venham fortalecendo os esforços mútuos para o enfrentamento de questões bilaterais, Chaturvedi acredita que ainda é preciso encurtar mais a distância resultante das diferenças entre essas economias. “Precisamos, cada vez mais, trabalhar coletivamente”, diz.

Para diretora do BRICS Policy Center, Ana Garcia, é necessário que haja maior conscientização sobre a necessidade de uma união mais efetiva. “Isso é muito claro para a Rússia e a China, que estão em outro patamar de desenvolvimento. Mas não acontece entre os outros países. É um desafio enorme. Os BRICS têm que lidar com as assimetrias de cada país, para que haja, de fato, uma coesão entre eles, para que possam ser vistos como uma coalizão governamental”, afirma. Ana Garcia também abordou a existência de tensões internas e externas enfrentadas pelos BRICS, citando como exemplo a aproximação da China com os Estados Unidos e o Brasil, que impactam esse esforço de unidade.

Chaturvedi defendeu ainda que os BRICS criem suas próprias instituições e não simplesmente absorvam as ideias das nações do ocidente para copiá-las. “Os BRICS têm que se unir e criar instituições próprias, que sejam adaptadas à realidade dos países do grupo e estejam focadas nas suas necessidades”, salientou. Durante o encontro, o professor também destacou que a pandemia de Covid-19 surgiu como um novo imperativo para a governança global, a partir do qual todas as nações reconfiguraram suas prioridades e parcerias. “Alguns projetos são para desenvolvimento no curto prazo, outros para o longo prazo, mas futuro dos BRICS está na consolidação de propostas comum, que estimulem o somatório de forças”, finaliza Chaturvedi, que desenvolve estudos e projetos relacionados ao desenvolvimento econômico.

Os debates do Foro Inteligência ficam disponíveis no canal da Insight Inteligência no YouTube. As melhores palestras do encontro poderão ser lidas na revista Insight Inteligência.

Sobre o Foro Inteligência: Reúne o BRICS Policy Center e a Insight Comunicação, com o apoio do Instituto de Relações Internacionais (IRI) da PUC-Rio e da Casa de Afonso Arinos. O Foro manterá um canal aberto com países como China, Rússia, Índia e África do Sul. A ideia é apresentar palestras, cursos e seminários abordando problemas brasileiros não convencionais e que tangenciam as nações do bloco.

Serviço

Foro Inteligência

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https://www.inteligencia.insightnet.com.br/foro
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